Thaísa e a chance de fazer história em Paris 2024 com o tricampeonato Olímpico no vôlei

Por Virgílio Franceschi Neto
3 min|
Thaisa of Brazil women's volleyball national team during VNL 2024.
Foto por Volleyball World

Convocada para Paris 2024, Thaísa poderá fazer ainda mais história no esporte do Brasil. Caso a seleção brasileira feminina de vôlei conquiste o ouro na capital francesa, ela será a única atleta brasileira da modalidade tricampeã Olímpica.

Thaísa é uma das 15 atletas do Brasil com duas medalhas de ouro em Jogos. Ela é a única do vôlei que pode alcançar esta marca histórica do tri em Paris 2024. Como a final Olímpica do torneio feminino é no dia 11 de agosto, último dia de competições, outros atletas brasileiros têm chances de alcançar os três ouros antes dela.

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Presente nos títulos de Beijing 2008 e Londres 2012, é símbolo de excelência, experiência e inspiração. Aos 37 anos de idade, a carioca tem mais de duas décadas no esporte. Joga desde os 14 anos e foi campeã mundial juvenil em 2005, com a seleção de base. Em 2006, já integrava o elenco adulto, elenco adulto que disputou o Grand Prix daquele ano.

Um título que firmou a central como jogadora de confiança de José Roberto Guimarães e presença constantes nas convocações pelo Brasil, ainda mais com a conquista do tricampeonato consecutivo da Superliga feminina com a camisa do Flamengo (2005/2006, 2006/2007 e 2007/2008).

Em Beijing 2008, ajudou na conquista do primeiro ouro da equipe brasileira feminina em Jogos Olímpicos. No vôlei de clubes, continuou sua brilhante trajetória a serviço do Osasco, onde passou oito temporadas. Dentro deste espaço de tempo, foi ao topo do pódio novamente com a seleção nos Jogos Londres 2012.

Lesão, cirurgia, anúncio de aposentadoria e retorno à seleção

Em 2017 a central havia feito o seu último jogo pela seleção. Logo depois passou por cirurgia no joelho, que fez com que ela não participasse da preparação para Tóquio 2020. Chegou inclusive a anunciar aposentadoria da equipe nacional em 2021.

No entanto, ao passo que se recuperava, percebia que podia voltar em alto nível. Movida a desafios, percebeu que poderia sim, voltar e tentar um lugar em Paris 2024.

“Gosto de colocar metas grandiosas e com certeza essa [Paris 2024] é uma das minhas grandes metas”, disse Thaísa em entrevista para o Olympics.com.

Zé Roberto convidou a central a voltar. Ela hesitou, resistiu. Mas o corpo respondeu, e de maneira positiva. Aos 36 anos de idade, mais de cinco depois do último jogo pelo Brasil, Thaísa voltou para a Liga das Nações (VNL) 2023, com experiência e nível de jogo que ajudaram muito para fazer parte do plantel que conquistou a vaga em Paris 2024 através do Pré-Olímpico.

“Não sou de falar muito. Acho que o mais importante é você ser líder pelo exemplo. Quero me dedicar ao máximo dentro de quadra. É o melhor exemplo que posso dar e influenciar positivamente aqui e agora”, refletiu Thaísa para o Olympics.com.

Liderança pelo exemplo. Exemplo de dedicação e entrega, que levaram-na ao bicampeonato Olímpico. Exemplo que contagia, fundamental para um time que quer a glória em Paris, com o terceiro ouro de Thaísa em Jogos.

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Títulos e prêmios de Thaísa

  • Bicampeã Olímpica: 2008 e 2012
  • Pentacampeã do Grand Prix: 2008, 2009, 2013, 2014 e 2016
  • Octacampeã da Superliga feminina: 2005/2006, 2006/2007, 2007/2008, 2009/2010, 2011/2012, 2020/2021, 2021/2022 e 2023/2024
  • Bicampeã mundial de clubes: 2012/2013 e 2016/2017 (ambas pelo Osasco)
  • Melhor jogadora da Superliga feminina: 2020/2021
  • Melhor central do Grand Prix: 2013, 2016
  • Melhor central da Superliga feminina: 2020/2021, 2021/2022, 2022/2023 e 2023/2024