Estreante nos Jogos, Raicca Ventura busca primeira medalha do skate park feminino do Brasil

Por Juliana Taddone
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Raicca Ventura em ação nesta quinta-feira pelo QCS de Budapeste
Foto por Handout image supplied by OIS/IOC. Olympic Information Services OIS.

Aos 17 anos, Raicca Ventura está longe de ser uma novata no skate park. Com grande parte da vida dedicada à modalidade, fará a sua estreia Olímpica em Paris 2024. Medalha de bronze no Pro Tour de San Juan, na Argentina, além de finalista no Mundial de 2023, em Roma, terminou a Olympic Qualifier Series (OQS) Budapeste 2024 em 6º lugar.

Melhor brasileira no ranking Olímpico do skate park, ocupando a sétima colocação, levará na bagagem para Paris não apenas os bons resultados neste ciclo, mas também a referência a tantas meninas que têm no skate sua forma de expressão e querem conquistar o próprio espaço no esporte.

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Ao lado de nomes como Dora Varella e Isadora Pacheco, também representantes do Brasil no park, Raicca tentará a primeira medalha Olímpica brasileira no skate park feminino.

Raicca Ventura: cria de família de skatistas no ABC

Raicca Ventura começou no praticamente em casa: seu pai, Elber Bereta, era professor da modalidade, e o tio, Vanderley Arame, chegou a se tornar skatista profissional. “Eles me ensinaram muita coisa, tudo que eu sei. É bom começar com uma família de skatistas, porque eles sempre me apoiaram, né?, contou em entrevista ao Olympics.com.

Aos seis anos já frequentava as pistas do ABC Paulista, e aos nove passou a participar das primeiras competições. Já se destacava no circuito nacional às vésperas de Tóquio 2020, mas não consegiu participar do sistema qualificatório Olímpico, que dependia de uma viagem aos Estados Unidos, que não tinha condições de custear na época.

Esperou, e ao longo dos últimos três anos dominou o circuito nacional de skate park, colecionando também conquistas no vert. Foi campeã brasileira no park no STU (Skate Total Urbe) em 2021, bicampeã em 2022, e tri em 2023.

A classificação a Paris tornou-se, então, consequência natural de um trabalho muito bem executado, e admiravelmente por uma garota de 17 anos, pronta para viver o sonho Olímpico e, quem sabe, lutar pelo pódio.