Retrospectiva Olímpica 2022: seleção feminina do Brasil se classifica para Paris 2024 e Copa 2023
Brasil manteve supremacia no continente com o oitavo título da Copa América, vaga no torneio feminino do futebol em Paris 2024 e classificação para a Copa do Mundo FIFA 2023. Saiba mais como foi o ano do time, que teve 10 vitórias consecutivas sem sofrer gols.
A seleção brasileira feminina de futebol teve um ano 2022 bastante positivo. O oitavo título da Copa América, conquistado em julho, garantiu uma vaga para o Brasil no torneio feminino da modalidade nos Jogos Paris 2024, além de um lugar na Copa do Mundo FIFA 2023, que será realizada na Austrália e na Nova Zelândia.
Ao todo as brasileiras fizeram 19 jogos, com 12 vitórias, três empates e quatro derrotas. Balançaram as redes 45 vezes e sofreram 14 gols. Debinha foi a principal artilheira, em 10 ocasiões. Adriana marcou nove e Bia Zaneratto, oito. Durante o ano foram 10 vitórias consecutivas e sem sofrer gols, desde a estreia na Copa América nos 4 a 0 sobre a Argentina - no início de julho - até o 1 a 0 em cima da Itália - no começo de outubro.
Conquistas e números que impressionam e deixam claro o bom caminho que fazem as mulheres do futebol do Brasil. O Olympics.com preparou abaixo um resumo de como foi 2022 para a seleção feminina.
Terceiro lugar no Torneio da França
O primeiro jogo de 2022 aconteceu em fevereiro, em torneio quadrangular realizado em Caen, na França.
No dia 16, empate em 1 a 1 contra os Países Baixos. Dia 19, derrota para a França - quinta colocada no ranking da Federação Internacional de Futebol (FIFA) - por 2 a 1. No último jogo do torneio, empate sem gols contra a Finlândia, resultado que deixou o Brasil em terceiro lugar.
Marta fez os dois gols do Brasil nesse quadrangular.
Amistosos na Europa e a ausência de Marta
No final de março, Marta sofreu lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho esquerdo em jogo pelo Orlando Pride pela segunda rodada da liga norte-americana. Com cinco participações em Jogos e escolhida seis vezes como a melhor futebolista do mundo, ela passou por cirurgia no início de abril o que a manteve afastada dos gramados.
Oportunidade para renovar. A treinadora Pia Sundhage usou digressão para a Europa, também em abril, para experimentar algumas atletas, como Angelina. A seleção feminina fez dois amistosos. Empate diante da Espanha (1 a 1) e vitória em cima da Hungria (3 a 1).
Pouco antes da Copa América, no fim de junho voltaram ao velho continente para mais dois jogos, desta vez duas derrotas: para a Dinamarca (2 a 1) e Suécia (3 a 1).
O oitavo título da Copa América e classificação para Paris 2024
Na Colômbia, em julho, as brasileiras fizeram uma campanha irretocável para a conquista do oitavo título da Copa América.
De cara, goleada sobre a Argentina na estreia, 4 a 0. Depois, triunfos sobre Uruguai, Venezuela e Peru, colocaram a seleção na semifinal, diante do Paraguai. O placar de 2 a 0 sobre as paraguaias deu para o Brasil as sonhadas vagas nos Jogos Paris 2024 e Copa do Mundo FIFA 2023. O título do torneio aconteceu dias mais tarde, com vitória sobre a Colômbia por 1 a 0.
"É a minha primeira competição e era um dos objetivos que a gente tinha. É um sonho poder ajudar o Brasil com isso", disse Ary Borges após. a vitória sobre o Paraguai, em relação à classificação para o canal SporTV.
Seis vitórias em seis partidas, com 20 gols marcados. Adriana e Debinha, que marcaram cinco, terminaram como artilheiras da equipe no torneio.
Vitórias sobre África do Sul, Noruega e Itália
Em setembro o Brasil voltou a campo, mas desta vez em amistosos contra a seleção da África do Sul, em Durban e em Joanesburgo. Na primeira partida, goleada por 6 a 0, com dois gols de Debinha. Três dias depois, outro resultado positivo: 3 a 0.
No mês seguite, uma convincente goleada de 4 a 1 em Oslo sobre a Noruega, seleção que já foi campeã do mundo e de Atlanta 1996. Bia Zaneratto marcou dois. Em Gênova, vitória por 1 a 0 em cima da Itália.
Seleção encerra 2022 em território brasileiro e com vitória
Por fim, em novembro, as brasileiras voltaram para o país para realizarem os dois últimos amistosos do ano, ambos contra o Canadá, atual campeão Olímpico.
No primeiro jogo, derrota por 2 a 1, na Vila Belmiro, em Santos, no dia 11, com gol de Debinha. No feriado do dia 15, a Arena Corinthians recebeu 20 mil pessoas para a segunda partida, que viram a vitória da seleção pelo mesmo placar, 2 a 1, gols de Bia Zaneratto e Ana Vitória.
O grupo do Brasil na Copa do Mundo Feminina FIFA 2023
O ano também reservou, em outubro, o sorteio dos grupos da Copa ao Mundo Feminina FIFA 2023, que será realizada na Austrália e na Nova Zelândia, entre os meses de julho e agosto.
Na edição de 2023, a seleção brasileira feminina estará no grupo F, ao lado da França, Jamaica e da equipe vencedora da repescagem a ser disputada entre Panamá, Papua Nova Guiné, Paraguai e Taipé Chinesa, contra quem o Brasil estreia na Copa, dia 24 de julho, em Adelaide, na Austrália.
Saiba mais | Os grupos da Copa do Mundo Feminina da FIFA 2023
Um resumo do ano pela treinadora Pia Sundhage
Na entrevista coletiva antes do segundo jogo contra o Canadá, Pia Sundhage analisou o ano:
"Jornada é passo a passo. Não são só diferentes jogadoras, mas também diferentes estilos de jogos. O fato de jogarmos contra o Canadá duas vezes, um time muito forte, é importante. Mas é só um passo para a Copa. O que acontecer em fevereiro e abril, especialmente quando jogarmos contra a Inglaterra, aí sim teremos respostas se continuamos com o nosso estilo de jogo e as atletas."
Os primeiros compromissos de 2023
A Seleção Brasileira volta a atuar em fevereiro, no período da próxima janela de amistosos da Federação Internacional de Futebol (FIFA), entre os dias 13 a 22.
Depois disso, no dia 6 de abril, as brasileiras, campeãs da Copa América, jogarão a primeira edição da "Finalíssima", contra as campeãs europeias, as inglesas. A partida será em Wembley.