Juntas novamente, Luisa Stefani e Laura Pigossi são favoritas nas duplas nos Jogos Pan-Americanos 2023

Paris 2024

Pigossi também é a principal favorita na chave feminina de simples. Brasileiros aparecem como primeiros pré-classificados em quase todas as disputas, com exceção da de simples masculino, em que Thiago Monteiro é o quarto. 

5 minPor Daniel Perissé
Luisa Stefani of Team Brazil and Laura Pigossi of Team Brazil play Veronika Kudermetova of Team ROC and Elena Vesnina of Team ROC in their Women's Doubles Bronze Medal match on day eight of the Tokyo 2020 Olympic Games
(Naomi Baker / Getty Images)

Dois anos depois de surpreenderem ao conquistar uma inédita medalha de bronze para o Brasil na chave de duplas femininas do tênis em Tóquio 2020, Luisa Stefani e Laura Pigossi voltam a jogar um torneio juntas, agora em busca do ouro nos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023.

E ao contrário da disputa Olímpica, em que pegaram uma das últimas vagas, desta vez elas aparecem como cabeças de chave número um na competição.

"Ela (Laura) tem uma energia, uma capacidade de planejamento, já falamos dos trienos, temos de entrar nessa vibe dela, estou muito animada," comentou Luisa Stefani, que foi uma das porta-bandeiras do Brasil na Cerimônia de Abertura de Santiago 2023, em recente entrevista coletiva antes dos Jogos.

Desde a conquista da medalha, muita coisa mudou para as duas - Luisa atingiu o top 20 de duplas e foi campeã nas mistas do Australian Open ao lado de Rafael Matos, entre outras conquistas, enquanto Laura se aventurou também nas simples e hoje ocupa a posição de número 125 da WTA.

Aliás, a colocação de Pigossi no ranking feminino a coloca como primeira cabeça de chave também nas simples femininas - a segunda pré-classificada é a canadense Rebecca Marino, atualmente na 166a posição. Como os finalistas das duas chaves de simples asseguram vaga em Paris 2024, pegar uma chave mais tranquila é importante.

Carolina Meligeni, que completa a equipe, joga apenas simples e começa diante de Daniela Aguilar, de El Salvador. Ela só faria um duelo com Laura em uma eventual final.

"Tenho cuidado de não comparar as experiências, a gente traz muito do que aprendeu em Tóquio. Mas é um piso diferente, cada uma está em uma fase diferente, temos de estar conscientes de que será uma experiência nova," alertou Luisa.

Em Lima 2019, a paulista fez parceria com Carol e foi bronze, depois de uma derrota que considerou "doída" diante das paraguaias Veronica Cepede-Royg e Montserrat González na semifinal.

"Ela (Carol) me levantou muito no segundo set, quando as coisas ficaram mais tensas, deixei as jogadas com ela, confiei nela, salvamos match point... a emoção no pan me ajudou para as Olimpiadas de Tóquio, com tantos match points salvos. Tive essa experiência tanto no Pan de Lima como em Tóquio com elas, que são as duas da nossa equipe hoje".

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Luisa: 'Tem pressão e a gente sabe que dá conta' 

A estreia de Luisa Stefani e de Laura Pigossi em Santiago 2023 será diante das equatorianas Mell Reasco e Camilla Romero, respectivamente número 1006 e 550 do mundo nas duplas. Na semifinal, podem ter pela frente a chilena Alexa Guarachi, atual 69 da lista, detentora de cinco títulos na WTA e ouro nas duplas mistas em Lima 2019 ao lado de Nicolas Jarry e superada por Luisa e Carol na final do bronze.

Perguntada sobre como lidar com a condição de favorita, Luisa afirmou:

"Jogar pelo Brasil, carregando tanta coisa por trás e com essa energia a mais, um peso com isso, tenho de saber levar de uma maneira superpositiva. Tem pressão e a gente sabe que dá conta, mas o resultado só vou saber daqui a uma semana e meia. Vou deixar meus 100% em quadra; se isso é suficiente para garantir o ouro, vou saber daqui a uma semana," comentou.

Stefani também chega como principal favorita na chave de duplas mistas, ao lado de Marcelo Demoliner. Eles podem encarar logo na estreia a dupla canadense, com Marino e Justin Boulais, de 22 anos e número 629 do mundo em simples.

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Thiago Monteiro é o quarto favorito

Nas disputas masculinas, Gustavo Heide e Marcelo Demoliner aparecem no topo da chave de duplas, mas Thiago Monteiro é apenas o quarto pré-classificado em simples, como 126 do mundo na semana passada, que serviu de base para definir os cabeças de chave.

Thiago enfrenta na estreia o peruano Conner Huertas del Pino, número 681 do mundo em simples.

Gustavo Heide, que garantiu vaga no Pan por ter sido medalha de prata nos Jogos Sul-Americanos de Assunção, em 2022, ainda aguarda quam sai do confronto entre o venezuelano Ricardo Rodriguez e o veterano dominicano Roberto Cid Subervi, de 30 anos e com mais de 100 partidas de Challenger disputadas.

O primeiro favorito em simples masculino é o argentino Facundo Díaz Acosta, 98 do mundo na ATP. Os chilenos Tomas Barrios Vera (107), derrotado pelo brasileiro João Menezes em simples na final de Lima 2019, e Alejandro Tabillo (119) serão os cabeças de chave dois e três, respectivamente.  

O tênis no Pan é classificatório para Paris 2024, distribuindo quatro vagas (para os campeões e vices de cada gênero. Vale destacar que só haverá vagas na disputa por simples, e não nas duplas.

Elas serão obtidas sempre se a posição do tenista no ranking mundial estiver entre os 400 primeiros no fechamento em 10 de junho de 2024 (ou outra data determinada pela Federação Internacional que seja exigida devido a circunstâncias excepcionais) e que o CON do atleta em questão ainda não tenha atingido o limite de quatro tenistas individuais por CON.

Como os Comitês Olímpicos Nacionais têm autoridade exclusiva sobre a representação de seus respectivos países nos Jogos Olímpicos, a participação dos atletas nos Jogos de Paris depende de seus CONs selecioná-los para representar sua delegação em Paris 2024.

ENTENDA | O sistema de classificação Olímpico do tênis para Paris 2024

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