Podcast: Gustavo ‘Bala Loka’ e a estreia da Olympic Qualifier Series

Olympic Qualifier Series
6 minPor Sheila Vieira e Virgilio Franceschi Neto
Capa do podcast: Gustavo Bala Loka, do BMX Freestyle, durante os Jogos Pan-Americanos Santiago 2023.

Gustavo Batista de Oliveira, também conhecido como "Bala Loka", tem 21 anos de idade, 14 deles vividos sobre as duas rodas da BMX. Uma paixão que começou cedo e fez da bike uma extensão do seu corpo.

Eu não sei mais o que é viver sem ela [a bicicleta].

Revelou Gustavo logo no início da entrevista para o podcast dos Jogos Olímpicos.

Especializou-se na disciplina freestyle e, com os resultados aparecendo, percebeu que a participação Olímpica era possível. Decidiu concentrar seus esforços para estar em Paris 2024 e assumiu compromisso com treinos e preparação. Ensaia suas manobras e parte para a pista. Seu repertório criativo e ritmo intenso têm levado a resultados nunca antes imaginados para a modalidade no Brasil. No Mundial de 2023, em Glasgow (Grã-Bretanha), no mês de agosto, ficou em 10º lugar. Meses depois, em Santiago (Chile), foi bronze nos Jogos Pan-Americanos.

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'Bala Loka' vem em pedaladas firmes e altos voos em busca da sonhada participação Olímpica na capital francesa, que ele vai tentar através da participação nas próximas duas etapas da Série de Classificação Olímpica, a OQS (sigla em inglês para Olympic Qualifier Series). Elas vão acontecer entre 16 e 19 de maio, em Xangai (República Popular da China) e entre 20 e 23 de junho em Budapeste (Hungria). O BMX Freestyle é uma das quatro modalidades a serem disputadas na OQS, além do skate, escalada e o breaking.

Gustavo foi o convidado do 28º episódio do podcast dos Jogos Olímpicos (ouça aqui no spotify). Na conversa, ele falou sobre a preparação para a OQS, seu início e trajetória no esporte, mais os segredos do BMX Freestyle.

O Olympics.com separou abaixo algumas das suas frases. Confira.

Eu acho que depende da sua imaginação, depende do que você achar ali, é você que escolhe. Na hora que você vai fazer a manobra, você escolhe o que você quer fazer. Tem pessoas que demoram sim a andar, a se fazer a manobra, mas tem gente que do nada pula na espuma e pronto, pegou a manobra, mas existem pessoas que levam um mês. Se você quiser inventar o mundo, você pode inventar. É livre pra isso. Você só tem que pensar e focar.

Quando foi perguntado sobre a elaboração das manobras.

É um minuto para você fazer o que você quiser ali na pista. As regras são fluidez, altura, rendimento, o nível de você começar forte e não abaixar, você tem que se manter. Sempre é bom você ter explosões tipo, nos primeiros segundos você sobe, depois mantém, aí depois sobe de novo. Sempre dando um 'boom'. Você pode ser o melhor do mundo, mas se começar forte e depois baixar o ritmo, você não vai vencer. Se você andar alto, terá que andar alto o tempo todo. Se você é criativo, você tem que usar tudo e, em um truque, você tem que fazer tudo o que sabe, sem errar.

Em relação ao que os juízes observam durante a apresentação do BMX Freestyle.

Hoje eu trato o medo como...se eu estou com medo é porque algo melhor vai estar me esperando depois que eu ultrapassar essa barreira, então eu trato o medo como positivo, uma barreira. Se eu estou evoluindo, aprendendo uma manobra, aprendendo a altura e aprendendo as coisas, se eu estou sentindo medo, é porque as coisas vão dar certo, vão evoluir. Então vou com medo mesmo. Tem que ser assim. Não pode pensar, se pensar muito não vai.

Quando se refere aos riscos que corre e ao medo.

Não sei quem sou eu de verdade sem a bike. A minha infância foi andar de bike. Essa conexão que tenho com a minha bike é tipo um amor muito grande que eu sinto e não tenho como explicar. Eu só sinto que quando eu pego nela, subo em cima da bike e ando, sou eu me expressando e me divertindo.

Ao ser perguntado se a bicicleta é extensão do seu corpo.

Podcast dos Jogos Olímpicos

Confira os 27 episódios do podcast dos Jogos Olímpicos, mais os seis especiais dos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023, no Spotify:

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