Copa do Mundo Feminina: Renata Mendonça analisa Brasil e favoritas

Comentarista dos canais Globo e Sportv é a convidada do décimo episódio do podcast do Olympics.com, com suas opiniões e pontos de vista para a nona edição da Copa do Mundo Feminina da FIFA 2023. Quais equipes ela considera favoritas? Qual é o palpite dela para o título? Como ela vê a seleção brasileira para a competição?

5 minPor Virgílio Franceschi Neto
Brasileiras reagem durante a disputa de pênaltis na Finalíssima de 2023, entre Inglaterra e Brasil, no Estádio de Wembley, em Londres, na Inglaterra, em 6 de abril.
(Alex Pantling/Getty Images)

O planeta bola estará de olho para a Copa do Mundo Feminina da FIFA 2023, que acontece de 20 de julho a 20 de agosto na Austrália e na Nova Zelândia. É a nona edição do torneio, que acontece de quatro em quatro anos desde 1991.

Atual bicampeã, a seleção dos Estados Unidos é a maior vencedora, com quatro conquistas (1991, 1999, 2015 e 2019). A Alemanha triunfou em duas ocasiões (2003 e 2007), a Noruega levantou a taça em 1995 e o Japão, em 2011. O favoritismo de outrora repousava em poucos times. Com o crescimento do futebol praticado pelas mulheres pelo mundo todo, hoje mais equipes são capazes de obter a glória máxima.

O Brasil vai para mais uma participação em Mundiais de futebol. O país esteve presente em todas as edições e teve a artilheira do torneio por duas vezes: Sissi em 1999 e Marta em 2007, ambas com sete gols.

Renata Mendonça, jornalista especializada em futebol, comentarista dos canais Globo e Sportv, é a convidada do décimo episódio do podcast do Olympics.com. Ela faz uma análise da seleção brasileira e o que vê de bom na equipe comandada por Pia Sundhage, fala sobre quem acredita que vai vencer e aponta as favoritas.

Confira abaixo alguns trechos da conversa com Renata:

"A seleção brasileira não é a favorita. O esperado é o Brasil cair nas oitavas no primeiro mata-mata, que é o que tem acontecido Copa após Copa. Acho que uma campanha abaixo do esperado seria ser eliminada na primeira fase. E acho que uma campanha acima do esperado e a minha previsão otimista é chegar numa semifinal."

Quando perguntada sobre o que ela espera do Brasil na Copa do Mundo Feminina 2023.

"Eu acho que a seleção brasileira hoje é muito organizada. Ela [Pia Sundhage] quer que as jogadoras estejam sempre próximas. Quando você está próxima uma da outra, você troca passes curtos. E isso é mais a característica do jogo brasileiro. Poderia também elencar que hoje o Brasil mesmo quando pressionado, ele tenta sempre ter essa saída de jogo construída."

Em análise sobre as características na Seleção Brasileira que mais lhe agradam.

"Acho que o grande resultado desse ciclo é a vitória sobre a Alemanha por 2 a 1. O Brasil não vencia a Alemanha desde 2007, então fazia muito tempo e o Brasil nunca tinha vencido a Alemanha em solo alemão. A Alemanha vice-campeã europeia."

Em relação à conquista ou o resultado mais importante de Pia Sundhage à frente da Seleção Brasileira.

"E acho que é mais do que um recado. Acho que é algo que já deveria ter acontecido antes. A gente só vai conseguir ter sucesso de fato no futebol quando a gente tiver essa transição de uma maneira muito mais natural."

Ao refletir se a temporada de 2022 sem Marta pode ser recado de que a Seleção é capaz de seguir sem a craque.

"Hoje a gente tem uma geração chegando na Seleção Brasileira que já encontra algumas dessas portas entreabertas. Não estão abertas ainda, elas estão entreabertas e aí você precisa puxar. Mas você consegue entrar com uma dificuldade menor."

Em resposta às oportunidades das mulheres com o futebol.

Continue abaixo para mais trechos do bate-papo.

"Eu acho que a Inglaterra. Com uma treinadora de histórico, campeã com a Holanda na Euro 2017 de uma maneira pouco esperada, disputa a primeira competição com a Inglaterra na Euro em 2022 em casa e consegue fazer a campanha incrível que ela fez, é uma combinação muito vencedora e que pode dar muito bom."

Sobre quem ela acha que vai vencer a Copa.

"Então eu coloco duas categorias, uma de favoritas e outra de candidatas ao título. Pra mim, as favoritas mesmo são Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha e Suécia. Eu coloco França, a Espanha que foi campeã de tudo nas categorias de base, o Canadá é uma seleção sempre muito forte, não é favorita, mas pode ser candidata, atual campeã Olímpica. O Japão é outra seleção que é forte também."

Sobre as favoritas e as candidatas ao título.

Acompanhe toda a conversa com Renata Mendonça neste link.

Se preferir, pode também ouvir o 10º episódio, com Renata Mendonça, no Spotify.

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