Após fazer história no skeleton Olímpico, Nicole Silveira ajuda a formar atleta que defenderá o Brasil na modalidade em Gangwon 2024

Cauê Miota, de 15 anos, conheceu o esporte após responder a uma postagem da atleta e agora será um dos representantes brasileiros da modalidade nos próximos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude. 

3 minPor Daniel Perissé
Nicole Silveira e Cauê Miota COB
(Divulgação / COB)

Melhor atleta sul-americana na historia da disputa do skeleton nos Jogos Olímpicos de Inverno, ao conseguir o histórico 13o lugar em Beijing 2022, a brasileira Nicole Silveira vê seu trabalho dar frutos: pouco mais de um ano depois, ela verá seu pupilo, Cauê Miota, como um dos representantes do Brasil nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude Gangwon 2024, na mesma modalidade.

“Fico extremamente feliz em ver que meus esforços deram certo (...) é gratificante saber que isso levou a outro atleta a encontrar paixão pelo esporte e se classificar para os Jogos Olímpicos da Juventude”, comentou Nicole, em entrevista por telefone divulgada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Cauê descobriu o skeleton por conta de uma postagem de Nicole procurando brasileiros para criar um time de bobsled e skeleton em Calgary, no Canadá, para onde ele e sua família haviam se mudado recentemente. A mãe de Cauê repassou o convite para o filho, que se encantou pela modalidade.

Em Gangwon 2024, que começa em 19 de janeiro, Cauê irá competir ao lado de Eduardo Strapasson, filho de Emílio Strapasson, que, em 2003, foi o responsável por colocar o país no cenário internacional do Skeleton com participações na Copa América.

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Cauê comparece e cresce

O jovem de 15 anos estava sozinho no dia do encontro com Nicole - ninguém mais apareceu. Mesmo assim, ele começou o treinamento naquele momento, mas só fez sua primeira descida com quase seis meses:

"Fui o único que foi ao local usado para treinos de largada das modalidades nesse dia e comecei no treinamento para skeleton. Depois daquele dia, me apaixonei pelo esporte. Demorou quase meio ano para poder viajar para Whistler (Canadá), cidade mais próxima que possui uma pista para descida, para ter um gosto do que era o esporte mesmo. Eu adoro competir e quando soube que tinha a oportunidade de representar o Brasil nos Jogos Olímpicos da Juventude em 2024, decidi treinar mais para conseguir conquistar a vaga."

Para Nicole, a presença de Cauê e o trabalho de renovação no esporte servem de motivação, mas fica complicado fazê-lo em meio ao calendário de torneios.

"Ainda adoraria me envolver mais e atrair mais atletas, mas isso se torna desafiador quando estou ativamente competindo e me esforçando ao máximo," comentou a brasileiras, que falou por telefone com o COB entre as baterias de uma etapa de Copa do Mundo que disputava em La Plagne.

Mesmo assim, Cauê tem Nicole como "inspiração" e sonha estar nos Jogos Olímpicos de 2026 e 2030.

"O Brasil não tem a estrutura de países europeus e, mesmo assim, ela conseguiu se qualificar para Pequim e teve o melhor resultado de qualquer atleta brasileiro no gelo (...) ela mostrou que é um objetivo atingível com esforço e trabalho duro. Sei que a Nicole sempre quis meu sucesso no esporte, me desejou o melhor”, completou.

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