Miguel Hidalgo vai a Paris 2024 em busca do melhor resultado brasileiro no triatlo
Aos 24 anos de idade, Miguel Hidalgo se encaminha para disputar sua primeira edição de Jogos Olímpicos. Nono do ranking mundial e melhor atleta das Américas no triatlo, o brasileiro chega para dar tudo de si e superar o 11º lugar em Sydney 2000, conquistado por Sandra Soldan.
Do começo no triatlo aos seis anos até sua estreia em uma Olimpíada, Miguel Hidalgo percorreu um longo caminho de aprendizado. Sua participação está cheia de expectativas tamanha foi sua campanha no ciclo para Paris 2024, com títulos importantes e uma constância em seu desempenho, não à toa está no top 10.
ASSISTA A PARIS 2024 AO VIVO NO BRASIL
Ele também é o mais jovem entre os dez melhores do ranking mundial e do ranking olímpico. Lidera o ranking das américas e vai chegar a Paris como um dos mais jovens na disputa, mas já com maturidade que o triatlo cobra.
Entre estrear em um evento tão grande e ser um dos com menos experiência, o brasileiro reúne condições para fazer o melhor resultado do triatlo brasileiro em Jogos Olímpicos. E até sonhar com uma medalha inédita.
Tornando-se um atleta Olímpico
Disputar os Jogos Olímpicos é o auge do atleta, uma experiência única cercada de muito nervosismo. Miguel Hidalgo vai disputar com a elite do triatlo mundial, muitos deles com anos de esporte na frente e mais maturidade para encarar tudo que acontece em uma competição que mescla três esportes diferentes.
O jovem brasileiro já provou que consegue compensar seus erros com muita entrega. Foi assim que conquistou o ouro nos Jogos Pan Americanos de Santiago 2023. Mesmo vindo de uma gripe, caindo na largada e errando na transição entre a natação e o ciclismo, o ouro veio na disputa continental.
Com mais competições, Miguel Hidalgo vai minimizar seus erros e aproveitar sua dedicação para ganhar mais tempo sobre seus adversários. Principalmente na transição para a bicicleta e no ritmo da corrida no pelotão da frente, porque a explosão muscular nos metros finais é uma de suas habilidades.
Campanha rumo ao topo
Sua pimeira vitória veio no Campeonato Brasileiro infantil de triatlo 2015. No ano seguinte, com 15 anos, Miguel Hidalgo saiu de Salto, interior de São Paulo para treinar no Clube Pinheiros. Foi então iniciada a parceria, que dura até hoje, com o treinador Marcelo Ortiz, mirando uma participação em Paris 2024. O objetivo foi alcançado com sucesso.
O primeiro pódio internacional de miguel Hidalgo foi conquistado em 2018, com a vitória no Sul Americano júnior de triatlo. O primeiro pódio em Copa do Mundo veio em 2021 e o primeiro top 20 do ranking mundial em 2022.
Desde de julho de 2023, Miguel Hidalgo disputou 13 provas. Só não completou duas delas, mas venceu três em sequência e teve como pior colocação um 12º lugar. As vitórias vieram na etapa de Brasília da Copa do Mundo de Triatlo e nos dois ouros dos Jogos Pan-Americanos 2023, um no individual e outro no revezamento misto.
E pelo evento teste de triatlo de Paris 2024, Miguel Hidalgo terminou na oitava colocação. A transição para a bicicleta e a corrida deixaram o brasileiro a 28 segundos do vencedor, o britânico Alex Yee, que conquistou a prata em Tóquio 2020.
VEJA TAMBÉM | A ousada, original e única Cerimônia de Abertura de Paris 2024
O quarteto brasileiro do triatlo em Paris 2024
Além de ser o nono do ranking mundial, o triatleta é parte fundamental do revezamento misto brasileiro, que fará sua estreia em Jogos Olímpicos. Além de Miguel Hidalgo, Manoel Messias, Vittoria Lopes e Djenyfer Arnold formam o quarteto que vai estrear em Paris 2024.
Esse mesmo quarteto foi ouro no revezamento misto dos Jogos Pan-Americanos 2023 e terminou na oitava colocação do Mundial 2023.
Longa espera pode chegar ao fim
O triatlo estreou em Jogos Olímpicos na edição de Sydney 2000 e a brasileira Sandra Soldan conquistou um 11º lugar na Austrália. Esse é o melhor desempenho do triatlo brasileiro e que já dura 24 anos.
Miguel Hidalgo tinha acabado de nascer enquanto Sandra Soldan fazia história. E com 24 anos, ele chega para sua primeira Olimpíada e para reescrever a história brasileira. Ou, pelo menos, para escrecer seus primeiros capítulos no maior evento esportivo do mundo.