Maratona de Chicago 2023: Kelvin Kiptum pulveriza recorde mundial de Eliud Kipchoge
Vencedor da Maratona de Londres, Kiptum completou a prova em 2h00min35s e diminuiu 34 segundos da marca de Kipchoge em Berlim no ano passado, com a estrela das pistas Sifan Hassan tornando-se a segunda mulher mais rápida na história da maratona.
Kelvin Kiptum quebrou o recorde mundial da maratona de forma sensacional na Maratona de Chicago 2023 neste domingo, 8 de outubro.
Ao Olympics.com, ele recentemente afirmou: “No futuro, sei que posso correr em duas horas”. O jovem de 23 anos marcou 2h00min35s para derrubar a marca anterior de Eliud Kipchoge em 34 segundos.
Nos primeiros quilômetros, sete corredores e vários coelhos formaram um pelotão da frente.
Mas com pouco mais de 5km, apenas Kiptum, vencedor da Maratona de Londres, e Daniel Kibet Mateiko permaneceram em contato no mesmo ritmo.
A dupla estava bem abaixo do ritmo do recorde mundial quando chegou à metade da prova em 1h00min48s, mas foi somente quando Kiptum disparou, faltando 10km, que a marca de Kipchoge em Berlim no ano passado voltou à tona.
Com impressionantes 5km na casa dos 13min51s entre o 30º e 35º quilômetro colocaram Kiptum no caminho para correr abaixo de 2h01min – e ele continuou avançando na liderança.
Kibet abandonou nos últimos quilômetros, mas Kiptum não mostrou sinais de fraqueza e correu a segunda parte da maratona em 59min47s, para uma rara parcial negativa.
“Eu me sinto tão feliz. Eu estava preparado. Eu sabia que estava buscando um recorde de percurso, mas felizmente [foi] um recorde mundial”, disse Kiptum na coletiva após a corrida.
“Um recorde mundial não estava em minha mente hoje, mas sabia que uma vez, em algum dia, seria o recordista mundial”.
Campeão em 2022, o queniano Benson Kipruto foi o segundo com 2h04min02, com o belga Bashir Abdi em terceiro, 30 segundos atrás.
Sifan Hassan bate recorde da prova para se manter perfeita em maratonas
Sifan Hassan imitou Kiptum ao repetir seu sucesso em Londres na prova feminina da Maratona de Chicago 2023. Com 2h13min44s, tornou-se a segunda mulher mais rápida da história da modalidade.
Hassan e a bicampeã da prova Ruth Chepngetich completaram os 10km iniciais em 31min05s, 40 segundos mais rápido do que Tigst Assefa na Maratona de Berlim 2023, quando ela estabeleceu o recorde mundial feminino.
Com três coelhos masculinos como companhia, a dupla continuou estabelecendo uma disputa acirrada e se distanciou ainda mais do restante do pelotão.
No 20º quilômetro, Hassan, que conquistou duas medalhas no Mundial de Atletismo de Budapeste, em agosto de 2023, ficou atrás de Chepngetich, que completou a primeira metade da prova em 1h05min42s, pelo menos 45 segundos dentro do ritmo para o recorde mundial.
Mas da mesma forma como em sua estreia vitoriosa em Londres, a neerlandesa recuperou de supostos apuros e, logo após a marca dos 25km, começou a se distanciar de sua rival queniana.
Embora tenha ficado quase dois minutos acima do recorde mundial de Assefa, Hassan conseguiu quebrar o recorde da prova e obter duas vitórias nas duas maratonas que participou.
Depois, a atleta de 30 anos afirmou que o ritmo inicial era “muito difícil”.
Quando questionada sobre se treinou diferente antes de sua estreia em Londres, Hassan respondeu: “Estou muito feliz com meu treinamento. Não sei se seis semanas foram suficientes. Senti um pouco de frio hoje e ainda assim corri um tempo maravilhoso. É incrível!”.
Em Paris 2024, em que pode defender seus títulos Olímpicos nos 5.000m e 10.000m, ela disse ao Olympics.com: “Foi muito doloroso. Nos últimos sete quilômetros, eu pensei, ‘não vou maratonar de novo’. Deixe-me recuperar e depois decidirei o que fazer”.
“Meu quadril está com muita dor. Sofri muito nos últimos cinco quilômetros que não vou falar dos Jogos Olímpicos. Só preciso me recuperar e estou muito feliz por ter vencido. Estou muito grata por ter corrido esse tempo, mas ainda estou com dor”.
Chepngetich ficou na segunda posição, quase dois minutos atrás, e Megertu Alemu, da Etiópia, completou o pódio.