Sem surpresa, os dois nomes grandes à partida para Tóquio 2020 justificaram o estatuto de estrelas e lideram o melhor quinteto. O tricampeão Olímpico Kevin Durant (EUA) foi eleito o MVP comandando os eternos candidatos ao ouro ao 16º título em Jogos Olímpicos com 10 atletas estreantes no torneio. Luka Doncic (Eslovênia) também esteve intratável, mas só o astro do Brooklyn Nets saiu dos Jogos com a medalha de ouro, aliás, Doncic saiu sem medalha após perder (107-93) na disputa do bronze com a Austrália de Patty Mills.
Os números de Kevin Durant em finais Olímpicas, onde foi sempre o melhor marcador, são para aplaudir de pé:
- Tóquio 2020: 29 pontos
- Rio 2016: 30 pontos
- Londres 2012: 30 pontos
O outro destaque individual foi Luka Doncic, que assinalou a estreia da Eslovênia em Jogos Olímpicos anotando 48 pontos contra a Argentina e fez um torneio incrível: média de 23 pontos por jogos, 9,6 rebotes, 9,5 assistências! O encontro mais duro para Luka Doncic foi a semifinal contra a França, onde comandou o jogo com um triplo-duplo – 16 pontos, 10 rebotes e 18 assistências, mas a seleção balcânica perdeu por 90-89. Na história dos Jogos Olímpicos foi apenas a terceira vez que um atleta conseguiu um triplo-duplo.
O nível de Luka Doncic em Tóquio 2020 levou os Dallas Mavericks a ampliarem seu contrato até 2027 por valores reportados de 207 milhões de dólares.
Ricky Rubio, Patty Mills e Rudy Gobert completam o quinteto ideal
Com tanta qualidade procedente da NBA e das melhores Ligas europeias, não foi fácil deixar de fora os irmãos Gasol, o herói francês das semifinais Nicolas Batum, os campeões da NBA Khris Middleton e Jrue Holiday ou o atirador esloveno Klemen Prepelic.
No entanto, o nível do quinteto ideal em Tóquio 2020 foi superlativo. E como armador só poderíamos ter Ricky Rubio, da Espanha, que nas quartas de final fez das melhores exibições vistas em Tóquio 2020: 38 pontos frente aos EUA nunca ninguém tinha conseguido desde que os profissionais da NBA participam nos Jogos Olímpicos (Barcelona 1992)!
Ao lado de Ricky Rubio o ala-armador só poderia ser Patty Mills. Após perder na Rio 2016 o bronze por um ponto para a Espanha, desta vez a Austrália tirou a pedra do sapato. Com 42 pontos e 9 assistências de Patty Mills os “aussies” derrotaram a Eslovênia de Doncic e fizeram as pazes com os Jogos Olímpicos.
O homem grande do quinteto ideal é francês. Rudy Gobert, pivô dos Utah Jazz, manietou a Itália nas quartas de final (22 pontos e 9 rebotes), voltou a ser dominador nas tabelas na semifinal contra a Eslovênia com 16 rebotes e 4 bloqueios, finalizando uns playoffs de sonho com 16 pontos e 8 rebotes na final contra os EUA.
- Armador: Ricky Rubio (Espanha/Minnesota Timberwolves)
- Ala-Armador: Patty Mills (Austrália/Brooklyn Nets)
- Ala: Luka Doncic (Eslovênia/Dallas Mavericks)
- Ala-Pivô: Kevin Durant (EUA/Brooklyn Nets)
- Pivô: Rudy Gobert (França/Utah Jazz)
O basquete volta em Paris 2024!