Coringa do skate, Kelvin Hoefler comemora crescimento do esporte no início da corrida por Paris 2024
Medalhista Olímpico de prata no skate street, o brasileiro se orgulha de ter contribuído para o desenvolvimento do skate no Brasil e no mundo. Ele também explica por que gosta de se chamar de coringa. Spoiler: tem a ver com os seus treinos.
A primeira medalha do Brasil nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 foi de Kelvin Hoefler no skate street masculino. Um momento importante não só para ele e para a torcida brasileira, mas principalmente para a comunidade do skate.
"Eu fiquei muito emocionado, porque eu acredito que não foi uma luta só minha. Sei que o skate é um esporte individual. Só que quando a gente vai numa pista de skate ou até mesmo encontra os amigos, você é um grupo, é uma grande família o skate. Eu me senti muito representado pelo skate em geral. Não só pra mim. O skate ganhou. Mas não foi só um ganho meu, foi uma pecinha pra dar aquele alavancada no skate, em geral", disse Hoefler com exclusividade ao Olympics.com, direto do Classificatório Olímpico Pro Tour de Roma 2022.
Aos 29 anos, o skatista do Guarujá agora começa a jornada em busca de uma vaga em Paris 2024.
"Quando fala em Tóquio, Olimpíada, passa um filme na minha cabeça, até me arrepio, foi uma experiência de vida mesmo, muito legal. A Vila Olímpica, indo para a competição, indo pra Cerimônia [de Abertura]. É uma coisa muito louca. Para mim foi uma experiência muito grande e eu vou fazer de tudo para eu conseguir ter essa sensação de novo", afirmou.
A popularidade do skate após Tóquio
A entrada do skate nos Jogos Olímpicos foi um momento histórico para a modalidade, que ganhou popularidade global.
"Está contínuo, está crescendo muito rápido depois das Olimpíadas. Cresceu muito, o número de praticantes aumentou demais. A mídia também. Então pra gente do skate foi muito importante", comentou Hoefler.
Para o skatista, o diferencial da modalidade é que os atletas encaram a prática mais como um modo de viver do que como uma competição.
"A gente mostrou isso nas Olimpíadas. O skate é diferente, é um estilo de vida nosso, sabe? A gente vai na padaria, a gente vai com o skate comprar pão, a gente vai nos Correios de skate, não vai de carro", explicou.
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O coringa do skate
Hoefler costuma se chamar de coringa, a carta que pode surpreender. Mas como fazer isso sendo um dos melhores do mundo? Ele explica:
"O meu estilo de skate é assim, porque eu não gosto de chegar cedo na pista de skate e ficar treinando. Eu gosto de me divertir. Então eu não solto todas as minhas manobras no dia do treino, porque isso é estratégia, é a parte do coringa. Eu sou estrategista, eu não vou deixar os outros skatistas verem minhas manobras pra eles terem a mesma estratégia. Então, eu guardo as minhas manobras. Mentalmente, eu guardo minhas energias pra chegar na final e soltar tudo, por isso eu sou o coringa."
O brasileiro sabe que a popularidade mundial do skate também traz mais adversários fortes.
"A mentalidade está diferente, porque o nível de um ano para cá aumentou muito o número de praticantes aumentou demais. Então tenho que acompanhar essa nova geração. É muito difícil acompanhar. Mas eu sou focado, vou chegar lá e fazer o meu melhor e representar Brasil, que representei a vida inteira, e quando chegar na pista vai ser legal", garante Hoefler.
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Quatro brasileiros avançam para as quartas de final em Roma
A rodada classificatória masculina foi realizada nesta quinta-feira (30 de junho), com quatro brasileiros e um português avançando para as quartas de final, que acontecem nesta sexta-feira (1 de julho).
Entre os 27 tenistas classificados, estão quatro brasileiros: Gabryel Aguilar (4º), Filipe Mota (5º), João Lucas Alves (8º) e Carlos Ribeiro (22º), além do português Gabriel Ribeiro (16º).
Pararam nesta fase os brasileiros Wacson Mass, Giovanni Vianna, Eduardo Neves, Felipe Gustavo, Ivan Monteiro e Wilton Souza e os portugueses Bruno Senra e Diogo Teixeira.