Italo Ferreira e Gabriel Medina regressam após Tóquio 2020

World Surf League reúne a elite no México. Italo Ferreira, campeão Olímpico em Tóquio 2020, Gabriel Medina, bicampeão da World Surf League, bem como Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb voltam a competir após a estreia do surfe no programa Olímpico.

4 minPor Gonçalo Moreira
Brazilian Italo Ferreira

A Brazilian Storm retoma a atividade da World Surf League (WSL) com um evento em Barra de La Cruz, no regresso a uma praia onde não competiam há 15 anos. A zona se situa no sudoeste do México, no estado de Oaxaca, e marca a reta final da época da WSL tendo se iniciado com ondas de 3-4 pés nas primeiras baterias.

O evento apenas termina no dia 19 de agosto e dele sairão o top 5 de homens e mulheres da temporada que vão competir nas Finais da WSL, em Lower Trestles, na Califórnia, entre 9 e 17 de setembro. O local das Finais é de boa memória para o Brasil, já que na última vez que o circuito mundial passou por Lower Trestles, em 2017, o evento caiu para Filipe Toledo – atualmente 3º classificado da WSL e vencedor de duas etapas em 2021 – e Silvana Lima num exemplo do domínio da Brazilian Storm.

Italo Ferreira é o campeão em título da WSL e após campanha vitoriosa na praia de Tsurigasaki, onde se converteu no primeiro vencedor da medalha de ouro no surfe em Jogos Olímpicos, o surfista de Baía Formosa tem como objetivo revalidar o título de 2019 da WSL.

Gabriel Medina quer seguir em frente após a competição Olímpica, onde surfou muito bem, mas acabou eliminado nas semifinais por Kanoa Igarashi. O número um mundial perdeu depois a medalha de bronze para o australiano Owen Wright. Gabriel Medina tem dois títulos da WSL (2018 e 2014) e foi o primeiro brasileiro campeão da maior prova mundial de surfe, iniciando o período de domínio da geração conhecida como Brazilian Storm.

Clique aqui para conferir todos os resultados do surfe Olímpico masculino e feminino em Tóquio 2020.

Confira algumas imagens da estreia do surfe em Tóquio 2020

World Surf League regressa ao Brasil em 2022

Silvana Lima viu o nível apresentado em Tóquio 2020 se traduzir num convite para Barra de La Cruz. A atleta foi eliminada nos Jogos nas quartas de final por Carissa Moore, que venceria na estreia Olímpica do surfe. A norte-americana é ainda tetracampeã mundial.

A cearense tem no histórico quatro vitórias em etapas do Championship Tour e é um exemplo de superação já que após deixar o circuito em 2015 parecia ter terminado sua carreira internacional. A surfista de Paracuru surpreendeu com um regresso digno de um filme: para poder competir nas rodadas de classificação de vários eventos teve que vender o carro e o apartamento completando o regresso improvável ao circuito com a vitória em Lower Trestles aos 32 anos, sua primeira vitória desde 2010.

Tatiana Weston-Webb, que resistiu em Tóquio 2020 até às oitavas de final perdendo para a japonesa Amuro Tsuzuki, também está competindo no México. A gaúcha foi 6ª classificada na WSL em 2019 e 4ª na época anterior.

Entretanto já é conhecido o calendário da WSL para a próxima temporada e há uma grande notícia: a World Surf League regressa ao Brasil em 2022 com uma etapa em Saquarema (Rio de Janeiro). A programação inclui ainda o retorno a Portugal, concretamente à praia de Supertubos, em Peniche, onde a WSL esteve presente todos os anos desde 2009, com exceção de 2020 por motivo da pandemia.

Conheça o calendário da WSL para 2022:

  • Pipeline, Havaí - 29 de janeiro a 10 de feveiro
  • Sunset, Havaí - 11 a 23 de fevereiro
  • Peniche, Portugal - 3 a 13 de março
  • Bells Beach, Austrália - 10 a 20 de abril
  • Margaret River, Western Austrália - 24 de abril a 4 de maio
  • G-Land, Indonésia - 28 de maio a 6 de junho
  • Trestles, Estados Unidos - 15 a 22 de junho
  • Saquarema, Brasil - 27 de junho a 4 de julho
  • Jeffreys Bay, África do Sul - 9 a 18 de julho
  • Teahupo’o, Tahiti - 11 a 21de agosto
  • Finais da WSL (ainda por definir) - 7 a 18 de setembro
Mais de