Basquete: Holiday e Middleton se juntam a Durant e EUA em Tóquio 2020

Campeões com Milwaukee Bucks reforçam EUA em Tóquio 2020. Derrotas na preparação dos Jogos Olímpicos são teste à liderança de Kevin Durant antes de partidas contra França, República Tcheca e Irã.

5 minPor Gonçalo Moreira
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(2021 Getty Images)

Seis ouros em sete possíveis. Omnipotência Olímpica em todo seu esplendor. Desde Barcelona 1992, várias gerações de seleções de basquete dos EUA aceitam usar um rótulo cunhado por Michael Jordan, Magic Johnson e companhia nos primeiros Jogos Olímpicos com participação de atletas da NBA.

“Dream Team” só existiu um, mas os sucessores nunca se importaram em ser os herdeiros da geração que marcou a história. O problema dos EUA é que vinham de uma série de 39-0 nos últimos três ciclos Olímpicos (incluindo partidas oficiais e amistosas) e alargando a retrospectiva até Barcelona 1992 a série era de 54-2. Perder contra Nigéria e Austrália é supreendente.

No aquecimento para Tóquio 2020, que acontece em 2021, esses foram os resultados da seleção norte-americana:

  • EUA 83 - 76 Espanha
  • EUA 108 - 80 Argentina
  • EUA 91 - 83 Austrália
  • EUA 90 - 87 Nigéria

Os EUA do general Kevin Durant vão jogar o Grupo A em Tóquio 2020 contra a França (5 jogadores da NBA), a República Tcheca (de Tomas Satoransky dos Chicago Bulls) e o Irã (sem atletas na NBA). Clique aqui para conferir a programação do basquete Olímpico. Além da qualidade que enfrentam na primeira fase, o restante torneio Olímpico promete colococar no caminhos dos EUA nações com quintetos base de nível NBA: a Eslovênia de Luka Doncic, a Espanha dos irmãos Gasol, a Nigéria tem oito jogadores da NBA e até o Japão tem Rui Hachimura (Washington Wizards e Yuta Watanbe (Toronto Raptors) mesmo partindo como a seleção menos cotada das presentes.

Clique aqui para conhecer "Cinco estrelas NBA globais em Tóquio 2020".

(Photo by Jonathan Daniel/Getty Images)

Quem serão os coronéis ao serviço de Durant e dos EUA?

Parece óbvio que por classe, por jogo, por talento, por carisma e por experiência Olímpica, Kevin Durant é o general dos EUA em Tóquio 2020, que acontece em 2021.

Mas nenhum general lidera sozinho. Quem serão os coronéis ao serviço de Durant e dos EUA? Damian Lillard tem o perfil ideal: produto formado em uma universidade modesta (Weber State), trabalhador nato e que tem superado os 25 pontos/5 assistências por jogo consecutivamente nas últimas seis temporadas com Portland. A pulso subiu à elite do All-Star nos três últimos anos, será o terceiro jogador dos Trail Blazers a representar os EUA em Jogos Olímpicos após Clyde Drexler (1992) e Steve Smith (2000).

Jayson Tatum também é candidato a coronel. O ala dos Boston Celtics representa os EUA desde os 15 anos e sempre o tentou fazer vestindo a camisa 10, em homenagem ao seu ídolo Kobe Bryant, que nas campanhas Olímpicas de Beijing 2008 e Londres 2012 conduziu a América ao ouro usando um número simbólico no futebol.

Talvez das principais missões de Kobe Bryant ao serviço dos EUA tenha sido o pós-Atenas 2004. A “Nightmare Team” (Equipe Pesadelo) perdeu contra Porto Rico, Lituânia e Argentina, ficando com o bronze; coube a Kobe Bryant juntar os cacos e junto com LeBron James, Dwyane Wade e Carmelo Anthony levaram a nação ao ouro numa campanha onde ficaram invictos e que ficou conhecida como a “Redeem Team” (Equipe Redenção).

Obviamente não podemos falar em líderes sem mencionar os jogadores que chegam a Tóquio 2020 estreando anéis de campeões da NBA. Khris Middleton e Jrue Holiday deram a Milwaukee o primeiro campeonato em 50 anos – após vitória no Jogo 6 contra Phoenix Suns do ala-armador Devin Booker, também reforço dos EUA. Parte do êxito dos Bucks assentou num big-three tremendo que formaram com Giannis Antetokounmpo, basta recordar o Jogo 5 das Finais da NBA onde os três contribuíram para 115 dos 123 pontos de Milwaukee.

“Nightmare Team” ou “Dream Team” em Tóquio 2020?

(Getty Images Sport Classic)

Estrelas NBA que nunca venceram o ouro Olímpico

Gerindo todo esse talento está o veterano Gregg Popovich (San Antonio Spurs) que em Tóquio 2020 conta com assistentes de luxo como Steve Kerr (Golden State Warriors), Lloyd Pierce e Jay Wright (Universidade de Villanova).

A presença de Steve Kerr poderia levar a pensar que finalmente teríamos a oportunidade de desfrutar do talento de Stephen Curry nos Jogos Olímpicos. O “coach” de Golden State venceu três títulos com Curry nos Warriors e é um personagem carismático pelo tricampeonato nos Chicago Bulls de Michael Jordan, mas nem esse estatuto foi suficiente para convencer um sete vezes All-Star a tentar vencer a primeira medalha de ouro em Jogos Olímpicos.

Aos 33 anos de idade, Stephen Curry optou por descansar pensando na próxima época da NBA, sobretudo pelo número de lesões em jogadores-chave que vimos nos últimos meses e todos mais jovens que o armador de Golden State, time que não se classificou para os playoffs este ano.

Isiah Thomas é “a” estrela NBA contemporânea do Dream Team que perdeu o comboio Olímpico e tudo porque foi vetado por Michael Jordan e companhia. O estilo brusco dos “Bad Boys” de Detroit, bicampeões da NBA, colocou o líder dos Pistons fora da história Olímpica.

Denis Rodman também nunca esteve em Jogos Olímpicos e é considerado um dos melhores defensores da NBA e um monstro nos rebotes. Por ter nascido na República Democrática do Congo, o pivô Dikembe Mutombo não teve a oportunidade de pisar o palco Olímpico, mas quem sabe um dia venha a ter o filho Ryan Mutombo na seleção dos EUA – atualmente vai exibindo seus 2,12m em Georgetown ao serviço de outro histórico dos Hoyas e membro do Dream Team, Patrick Ewing.

Confira os horários do torneio Olímpico de basquete em Tóquio 2020, que acontece em 2021. Clique aqui.

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