EUA tentarão oitavo ouro seguido contra França na final do basquete feminino de Paris 2024
Os Estados Unidos seguem em frente na caminhada em busca do oitavo ouro consecutivo no basquete feminino. Nesta sexta-feira, 9 de agosto, as americanas entraram em quadra para reeditar um clássico contra a Austrália – duelo que já foi por três vezes a final nos Jogos Olímpicos. Porém, como de costume, os EUA ganharam, em embate válido pela semifinal de Paris 2024. Dominantes especialmente no segundo e no terceiro quarto, as atuais heptacampeãs Olímpicas ganharam por 85 a 64.
O direito de desafiar os Estados Unidos será da anfitriã França, assim como no masculino. Na outra semifinal, as francesas fizeram um jogaço contra a Bélgica. As belgas vinham do título europeu, enquanto as francesas foram bronze em Tóquio 2020. Num duelo de alternâncias no placar, a Bélgica chegou a forçar a prorrogação com uma cesta a oito segundos do fim, após tirar seis pontos de diferença. Porém, a França se deu melhor no tempo extra e ganhou por 81 a 75.
ASSISTA A PARIS 2024 AO VIVO NO BRASIL
A final do basquete feminino em Paris 2024 acontece no próximo domingo, 11 de agosto, às 10h30 (de Brasília). No mesmo dia está marcada a decisão do bronze, às 6h30 (de Brasília).
MAIS: EUA arrancam apoteótica virada contra Sérvia e enfrentarão a França na final
Como foi a clasificação dos EUA contra a Austrália
Os Estados Unidos continuam bastante superiores a qualquer adversária neste torneio Olímpico. A Austrália vinha em crescente na competição, mas só incomodou de verdade no primeiro quarto. Algo recorrente na campanha, o ritmo dos EUA é superior com o passar dos minutos e permite inclusive que relaxem no último quarto. Desta vez, rendeu a vitória por 85 a 64. Restará às australianas disputar o bronze.
Os Estados Unidos se impuseram logo de início no primeiro quarto, especialmente pelo papel defensivo de A'ja Wilson. A vantagem se construiu rapidamente, com 14-4 para as americanas em menos de quatro minutos. A Austrália conseguiu ser mais competitiva a partir das cestas de três e reduziu a diferença para dois pontos, antes que Brittney Griner fechasse o quarto em 20-16.
Todavia, o roteiro de outras partidas se repetiu e os EUA conseguiram ampliar a diferença durante o segundo quarto. As bolas de três caíam e Kahleah Copper aparecia bem dos dois lados da quadra. Quando as titulares americanas voltaram do banco, mantiveram a mesma pegada, com movimentação e também bom trabalho defensivo. Breanna Stewart brilhou no fim do quarto e garantiu o 45-27 rumo ao intervalo.
O placar já era bastante complicado de ser revertido e os EUA continuaram superiores no terceiro quarto. A'ja Wilson aparecia mais no ataque e a vantagem chegou a 58-36, quando a Austrália fez um pedido de tempo. O fim do quarto teve mais erros dos times, o que não atrapalhava as americanas, que venciam por 66-40.
Por fim, no último quarto, os EUA relaxaram e até permitiram que a Austrália vencesse a parcial. Isobel Borlase era importante para reduzir as distâncias e protagonizou o melhor momento das australianas. Mesmo assim, a situação já era irreversível. Sabrina Ionescu fez os últimos cinco pontos dos EUA, para o placar final de 85-64.
Breanna Stewart foi a cestinha da partida com 16 pontos, seguida pelos 14 pontos de Jackie Young. Destaque ainda para os oito rebotes de A'ja Wilson. Os EUA podem chegar ao oitavo ouro consecutivo no basquete feminino, o que seria um feito inédito. Estão invictas desde Atlanta 1996. A Austrália buscará sua sexta medalha Olímpica na modalidade, sem subir ao pódio no basquete feminino desde o bronze em Londres 2012.
Basquete em Paris 2024
A emocionante vitória da França
França e Bélgica prometiam o jogo mais equilibrado das semifinais do basquete feminino. As expectativas se cumpriram em quadra, com um duelo em alto nível. Os dois times se alternaram na liderança do placar e chegaram abrir dois dígitos de vantagem. Contudo, a emoção prevaleceu na final. A Bélgica salvou uma derrota que parecia consumada a oito segundos do fim. Então a França foi superior na prorrogação e ganhou por 81 a 75.
O primeiro quarto começou com Emma Meesseman em grande forma, abrindo distância para a Bélgica. A França conseguiu se recuperar com o passar dos minutos e Valeriane Ayayi reduziu a diferença no final do quarto, mas ainda assim as belgas venceram a parcial por 17-14.
O segundo quarto logo teve o empate da França e a virada, com seguidas bolas de três pontos assistidas por Marine Johannes. As francesas conseguiram 11 pontos de vantagem, com 29-18, até que a bola deixasse de entrar. A Bélgica cresceu demais com ajuda de Kyara Linskens e Elise Ramette. Ao final do quarto, já viraram para 36-31 rumo ao intervalo.
A Bélgica seguiu mais ligada no terceiro quarto. Foram 22 pontos consecutivos, considerando também o segundo quarto, com muitos acertos do perímetro. Abriram 46-31 no placar, até que finalmente a França despertasse. Gabby Williams foi importante neste momento. A diferença já se reduziu em 51-48 para as belgas no término do quarto.
No último quarto, Iliana Rupert logo consumou a nova virada para a França, por 52-51. Num jogo mais faltoso, os lances livres eram importantes para a vantagem francesa. Restando 56 segundos, Marine Fauthoux assinalou 66-60 para a França. Foi quando a Bélgica renasceu. Julie Vanloo sofreu falta no perímetro e converteu os três lances livres. Faltando oito segundos, Meesseman acertou uma cesta de três e empatou em 66-66.
A prorrogação teve a França mais intensa de início. Gabby Williams chamou a responsabilidade, muitas vezes servida por Marine Fauthoux. Por mais que a Bélgica lutasse, a França era mais efetiva. O espírito da Bélgica ainda permitiu que reduzisse uma desvantagem de seis pontos para só um, com 55 segundos no relógio. Entretanto, Gabby Williams marcou quatro pontos no minuto final e Valeriane Ayayi foi essencial na defesa.
Gabby Williams terminou como a cestinha da França, com 18 pontos. Valeriane Ayayi contribuiu com 17 e Iliana Rupert anotou 15. Destaque aos 29 pontos de jogadoras que começaram no banco. Na Bélgica, Emma Meesseman conseguiu 19 pontos e 14 rebotes. A França garante sua terceira medalha Olímpica no basquete feminino, todas conquistadas desde Londres 2012. A Bélgica pode buscar um pódio inédito na modalidade.