Terminou neste fim de semana a carreira profissional da maior jogadora de handebol do Brasil. Eduarda Amorim Taleska, a Duda, disputou sua última partida pelo Campeonato Romeno pelo seu time, o CSM Bucaresti.
Campeã mundial em 2013, Duda quer se dedicar ao mestrado de gestão esportiva que está cursando e também quer se tornar mãe.
“Não é só voltar para perto da família, é formar uma família. Depois de tantos anos longe em momentos especiais, que não pude estar com eles, é importante também estar perto da família. A gente quer montar uma família. Então já tem que pensar, né, já estou com 35 anos, não dá para esticar muito mais”, disse Duda ao ge.com em 2021.
Relembre alguns dos momentos marcantes da jornada da armadora brasileira pelo handebol.
Melhor jogadora no Mundial de 2013
Em 22 de dezembro de 2013, o Brasil viveu sua maior conquista no handebol, com o título mundial da equipe feminina. A equipe derrotou a Sérvia por 22-20 em Belgrado diante de 20 mil pessoas. Até então, o melhor resultado do Brasil havia sido uma quinta colocação.
A seleção brasileira foi a primeira das Américas a conquistar o Mundial feminino, e Duda foi eleita a melhor jogadora da competição. Ela também ganharia três títulos Pan-Americanos (2007, 2011 e 2019) com a camisa amarela.
Pentacampeã da Champions League
Além de ser peça fundamental para a seleção brasileira, Duda também teve uma carreira de muito sucesso em clubes. Ela foi a primeira brasileira a ganhar um título da Champions League europeia, pelo Győri, da Hungria, em 2013, repetindo o feito com o time em 2014, 2017, 2018 e 2019.
Melhor jogadora do mundo em 2014
A Federação Internacional de Handebol (IHF) elegeu Duda como a melhor jogadora do planeta, um ano após o título mundial do Brasil. Ela também venceu a votação do site Handball Planet como maior nome da década (2011-2020) do esporte entre as mulheres. Por fim, Duda deixou sua marca nos Jogos Olímpicos, com quatro participações.
“Vou encontrar algo que eu ame mais que o handebol? Vou conseguir passar minha experiência para gerações futuras? Farei uma diferença no mundo do handebol de fora das quadras? São muitos pensamentos, mas eu estou calma, fazendo o que está no meu controle, que é me preparar financeiramente e estudar. Isso com certeza abrirá mais portas para mim”, contou Duda ao site do Instituto Johan Cruyff, onde ela cursa o mestrado.