O Brasil brilhou nos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023 e superou a barreira das 200 medalhas conquistadas. Foram 205, 46 a mais do que a edição de Lima 2019, que já era recorde. Na capital chilena, atletas do país somaram 66 de ouro, 73 de prata e 66 de bronze.
Muitos foram ao pódio em Jogos Pan-Americanos pela primeira vez, outros foram campeões também de forma inédita. Alguns se tornaram bicampeões no Pan e até mesmo conquistaram o tricampeonato, como foi o caso de Ana Sátila e Hugo Calderano.
A canoísta e o mesatenista, inclusive, têm boas chances de serem medalhistas em Paris 2024. Veja uma seleção de atletas brasileiros que podem repetir o feito nos próximos Jogos, quer seja com o ouro, ou subindo no pódio.
Rebeca Andrade, ginástica artística
Campeã Olímpica em Tóquio 2020, Rebeca Andrade deu show em sua primeira aparição no Jogos Pan-Americanos, com quatro medalhas, duas delas de ouro, sendo que optou por não competir no solo, nem no individual geral. Em Paris 2024, ela está entre as favoritas em todos os eventos.
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Beatriz Ferreira, boxe
Um dos grandes nomes brasileiros dos Jogos Pan-Americanos em Santiago. A pugilista baiana não deixou por menos e conquistou o bicampeonato na categoria até 60kg. Na finalíssima, não deu chances à colombiana Angie Pana, vencendo por 5 a 0.
Ao analisar seu bicampeonato Pan-Americano, Beatriz Ferreira resumiu para o Olympics.com: "Ela se entregou antes da luta terminar. Ela viu que não conseguia fazer nada, e no boxe dizemos que 'eu consegui entrar na mente dela.' Foi proposital e ela não tinha o que fazer, se ela não procurasse, ela não teria chance de ganhar a luta."
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Hugo Calderano, tênis de mesa
Tricampeão dos Jogos Pan-Americanos no individual masculino e número 4 do mundo, o mesatenista carioca ainda venceu o torneio por equipes masculinas em Santiago. O final de uma temporada 2023 com títulos de WTT Contender em preparação para uma medalha que por pouco escapou em Tóquio 2020, quando foi eliminado nas quartas de final, ficando fora do pódio.
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Martine Grael e Kahena Kunze, vela
Bicampeãs Olímpicas no 49er FX, Martine Grael e Kahena Kunze faturaram o Pan também pela segunda vez. Prata em Toronto 2015 e ouro em Lima 2019, nas águas do Pacífico a dupla de quebra assegurou uma vaga para o Brasil nos Jogos Paris 2024, onde poderão faturar o tri Olímpico.
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Rayssa Leal, skate
Rayssa Leal faturou a primeira medalha de ouro da história da modalidade em Jogos Pan-Americanos, também o primeiro ouro do Brasil no evento.
Com apresentações impecáveis e que levaram o público ao delírio em Santiago, a campeã do Super Crown 2022 da Street League Skateboarding (SLS) quer fazer bonito em Paris e, finalmente, conquistar o título Olímpico.
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Tatiana Weston-Webb, surfe
Melhor surfista brasileira da World Surf League (Liga Mundial de Surfe), Tatiana Weston-Webb colocou o Brasil no topo do pódio da modalidade na praia de Punta de Lobos, em Pichilemu, durante o Pan 2023. Com a medalha Olímpica como objetivo, mais os resultados nas recentes temporadas, colocam Tatiana como uma das favoritas nas águas de Teahupo'o, no Taiti.
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Ana Sátila, canoagem slalom
Tricampeã dos Jogos Pan-Americanos no C1, além do título no caiaque cross, Ana Sátila foi quinta colocada no Mundial mais recente. Resultados que evidenciam uma grande temporada e que fazem dela uma forte concorrente à medalha em Paris 2024.
Conjunto brasileiro da ginástica rítmica
O Brasil conquistou 13 medalhas na ginástica rítmica dos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023. Oito delas, de ouro, sendo três do conjunto formado no Pan por Victória Borges, Bárbara Galvão, Nicole Pircio, Giovanna Oliveira e Gabriella Coradine. No Mundial de 2023 terminaram na sexta colocação geral, dentro de uma evolução de resultados que impressiona, com as conquistas em Santiago representando este crescimento.
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Ana Patrícia e Duda, vôlei de praia
Dupla número um do ranking mundial, atual vice-campeã do mundo e campeã em 2022, Ana Patrícia e Duda, venceram quatro etapas do Elite 16 - principal torneio do circuito internacional - em 2023. Nos Jogos Pan-Americanos foram seis jogos sem perder um set sequer.
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Guilherme Costa, natação
Um Pan inesquecível para este nadador de 25 anos de idade. Em Santiago, havia prometido quatro medalhas de ouro, e cumpriu. Venceu nos 400m, nos 800m, nos 4x200m e nos 1500m. Sua maior chance em Paris 2024 é nos 400m.
"O Pan é muito importante, muito intenso e poucos dias de competições, um desafio grande e que prepara para Paris", comentou Guilherme para o Olympics.com.
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