1 mês para os Jogos Pan-Americanos Santiago 2023: veja 10 brasileiros que lutarão pelo ouro

Paris 2024

Destaques da delegação do Brasil, Rebeca Andrade, Rayssa Leal, Martine Grael/Kahena Kunze, Hugo Calderano, Marcus D'Almeida, Luisa Stefani, Isaquías Queiroz, Bia Ferreira, Ana Marcela Cunha e Duda/Ana Patrícia têm tudo para fazer bonito na capital chilena. 

7 minPor Daniel Perissé
Marcus D'Almeida durante o dia final do arco recurvo na etapa de Paris, França, da Copa do Mundo de Tiro com Arco 2023, a quarta da temporada.
(World Archery)

Daqui a um mês, todas as atenções das Américas estarão voltadas para Santiago, capital chilena e palco dos Jogos Pan-Americanos 2023. De de 20 de outubro a 5 de novembro, mais de 8 mil atletas de 41 países competirão em 39 modalidades diferentes.

Serão mais de 100 vagas diretas para os Jogos Olímpicos Paris 2024 em 20 modalidades diferentes (que poderiam ser 21 levando em conta a particularidade da ginástica de trampolim), enquanto em outras 12 os competidores poderão somar pontos ou alcançar índices para o ranking Olímpico de suas disciplinas.

Ou seja, para muitos atletas brasileiros Santiago 2023 representa não apenas o ouro, mas também a chance de assegurar uma vaga para o país na próxima edição dos Jogos.

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Confira abaixo dez nomes (ou duplas) que, caso confirmem suas presenças, lutarão pelo lugar mais alto do pódio no Pan:

Rebeca Andrade (ginástica artística)

Primeira ginasta brasileira a ser campeã Olímpica, conquistando o ouro no salto e a prata no individual geral em Tóquio 2020, Rebeca Andrade fez um caminho inverso em relação ao de muitos atletas: primeiro disputou os Jogos e Mundiais de Ginástica Artística, e só agora vai competir pela primeira vez nos Jogos Pan-Americanos, tendo ficado fora de Lima 2019 por conta de lesão. Integrante de um time de embaixadores de Santiago 2023, a paulista virá das disputas da etapa da Copa do Mundo de Paris e do Mundial da modalidade, na Antuérpia, para tentar brilhar novamente, agora diante de seus rivais nas Américas.

Rayssa Leal (skate)

Outra estreante em Jogos Pan-Americanos, Rayssa Leal já surpreendeu o mundo ao conquistar a prata no skate street em Tóquio 2020, com apenas 13 anos. Em 2023, ela já venceu o Mundial em Sharjah, conquistou o bicampeonato do X Games Chiba e começou a Street League Skateboarding (SLS) com vitória em Chicago. No seu primeiro Pan, quer confirmar a condição de segunda colocada do Ranking Olímpico para Paris 2024 - e melhor de todas as Américas - com a vitória em Santiago. Inclusive, pode ser dela o primeiro ouro do Brasil, já que a modalidade é uma das primeiras a distribuir medalhas na capital chilena.

Marcus D'Almeida (tiro com arco)

Esta será a terceira participação de Marcus Vinicius D'Almeida nos Jogos Pan-Americanos. Diferentemente de Toronto 2015, quando foi bronze por equipes, e Lima 2019, em que acabou com a prata no individual, em Santiago 2023 o carioca chega como número um do mundo no recurvo do tiro com arco. Em 2023, ele venceu a etapa de Paris e a Final da Copa do Mundo da modalidade, no início de setembro em Hermosillo, no México, e será favorito à conquista do inédito ouro no Pan. A capital chilena, inclusive, é lugar de boas recordações para o arqueiro: nos Jogos Sul-Americanos de 2014, lá ele foi ao topo do pódio em três ocasiões: uma no individual e duas por equipes, masculina e mista.

Ana Marcela Cunha (maratona aquática)

Campeã Olímpica na maratona aquática em Tóquio 2020 e pentacampeã do mundo nos 25km da natação em águas abertas, Ana Marcela Cunha retomou em fevereiro os treinamentos na água após passar por cirurgia no ombro esquerdo, além de ter trocado de treinador. Quinta colocada na prova de 10km (distância Olímpica) e com o bronze nos 5km no Mundial de Fukuoka (Japão), ela espera agora atingir seu outro objetivo: o bicampeonato na prova dos 10km dos Jogos Pan-Americanos de Santiago, após ter sido ouro em Lima 2019.

Luisa Stefani (tênis)

Dois anos antes de conquistar a primeira medalha Olímpica para o Brasil no tênis em Tóquio com o bronze nas duplas junto com Laura Pigossi, Luisa Stefani também ficou em terceiro lugar no Pan de 2019 em Lima, ao lado de Carolina Meligeni*.* Quatro anos depois, as três formam a equipe que representará o Brasil em Santiago 2023. Luisa chegará a Santiago credenciada por um 2023 com três títulos em duplas na WTA e o de duplas mistas do Australian Open, ao lado de Rafael Matos, além do retorno ao top 10 do circuito feminino. Seja qual for a parceria, a chance de a paulista subir um ou dois degraus no pódio é muito grande.

Martine Grael e Kahena Kunze (vela)

Bicampeãs Olímpicas (Rio 2016 e Tóquio 2020), Martine Grael e Kahena Kunze disputarão os Jogos Pan-Americanos pela terceira vez, tendo ficado com a prata na 49erFX (skiff feminino) em Toronto 2015 e o ouro em Lima 2019. Em agosto, elas terminaram na 12ª posição no Mundial de Haia, sem a vaga Olímpica, mas foram prata no evento-teste para Paris 2024, ouro no Princesa Sofia e bronze na Semana Olímpica de Hyeres. Além da chance do bicampeonato Pan-Americano, elas estão de olho na vaga aos Jogos para o barco melhor colocado na classificação final das Américas Central e do Sul.

Hugo Calderano (tênis de mesa)

Vencedor de dois WTT Contenders em 2023, Hugo Calderano tem o Pan de Santiago como um dos grandes objetivos da temporada, em que poderá conquistar o tricampeonato individual no tênis de mesa. Ele tem também um ouro por equipes, obtido em Toronto 2015, e nas duplas, conquistado em Lima 2019. Atual sexto colocado do Ranking Mundial da modalidade, é o melhor das Américas - depois dele aparece o americano Kanak Jha, número 26 da lista. Recentemente, Hugo fez parte da seleção que assegurou vaga ao Brasil na disputa masculina por equipes em Paris 2024.

Bia Ferreira (boxe)

Em 2019, Bia Ferreira foi campeã mundial de boxe pela primeira vez na carreira e também faturou a inédita  medalha de ouro Pan-Americana. Quatro anos depois, a medalhista de prata em Tóquio 2020 já alcançou a primeira metade desse objetivo: ganhou o Mundial em Nova Dehli, na Índia, e agora treina firme para pegar outro bicampeonato, defendendo o título na categoria 60kg obtido em Lima 2019. Outra motivação é uma vaga a Paris 2024: sua categoria é uma das que vai distribuir quatro em vez de apenas duas vagas Olímpicas, bastando a ela chegar na semifinal.

Isaquías Queiroz (canoagem velocidade)

Detentor de quatro medalhas Olímpicas na canoagem velocidade, em Santiago Isaquías Queiroz terá a chance de chegar ao pódio em Pan-Americanos pela quinta vez, com direito a dois ouros no C-1 1000m (Toronto 2015 e Lima 2019), prova em que também é o atual campeão Olímpico. Mesmo tendo terminado esse evento em sexto lugar no Mundial 2023 da modalidade, realizado em Duisburg, na Alemanha, o canoísta baiano segue como grande favorito ao tri.

Duda/Ana Patrícia (vôlei de praia)

Já confirmada como representante brasileira na disputa do vôlei de praia, a dupla formada por Ana Patrícia e Duda, que conquistou o Mundial ano passado, chega para Santiago 2023 com motivos de sobra para ser apontada como uma das favoritas ao ouro: elas são as atuais líderes do Ranking Mundial e, somente este ano, já venceram três etapas do Elite 16, em Ostrava, na Tchéquia, em Gstaad, na Suíça, e Hamburgo, na Alemanha. De quebra, foram campeãs do Circuito Brasileiro da modalidade conquistando os títulos de todas as oito etapas realizadas em 2023.

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