Brasil perde dos EUA e disputará bronze no vôlei feminino nos Jogos Olímpicos Paris 2024 

Por Gustavo Longo
5 min|
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A seleção feminina de vôlei do Brasil vivia melhor fase nos Jogos Olímpicos Paris 2024, ainda não tinha perdido sets, mas no fim valeu o histórico e a experiência dos EUA na modalidade. A equipe perdeu para as norte-americanas na semifinal realizada nesta quinta-feira, 8 de agosto, e disputará a medalha de bronze.

O país, que derrotou as brasileiras na final em Tóquio 2020, voltou a vencer na capital francesa por 3 a 1 (25/23, 18/25, 25/15, 23/25 e 15/11) em quase duas horas de partida. Agora, as norte-americanas esperam o vencedor do duelo entre Itália e Türkiye, que disputam a outra semifinal. Quem perder enfrentará o Brasil na partida do bronze.

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Ana Cristina foi a principal destaque do Brasil na semifinal com 24 pontos, sobretudo nos momentos de reação no segundo e quarto sets. Gabi fez 16, principalmente no quarto set e no tie-break. Já os EUA contaram com o trio Kathryn Plummer (26 pontos), Avery Skinner (19) e Andrea Drews (18). Juntas, elas fizeram três quartos dos pontos norte-americanos.

Esta foi a primeira partida nos Jogos Olímpicos Paris 2024 em que a seleção feminina de vôlei do Brasil perdeu sets. Nas quatro vitórias anteriores, o país conseguiu vitórias de 3 a 0. O time repete a campanha da Liga das Nações de Vôlei, quando também chegou invicto à semifinal e foi derrotado no tie-break.

Mesmo com a derrota, as brasileiras terão a chance de conquistar mais uma medalha no vôlei feminino - o que seria a sexta nas últimas oito edições Olímpicas. Desde Atlanta 1996, o Brasil só ficou fora do pódio com as mulheres em Atenas 2004 e Rio 2016.

Brasil começa mal, reage, mas perde primeiro set

Era de se imaginar que um clássico do vôlei resultasse em um confronto bastante equilibrado e difícil – o que os EUA mostraram logo no início do primeiro set. Com bloqueio muito forte, abriram 5 a 0 rapidamente, obrigando José Roberto Guimarães a tirar Roberta e Rosamaria para colocar Tainara e Macris na inversão 5x1.

Funcionou. Com boa atuação da Tainara e o encaixe do bloqueio de Ana Carolina e Thaísa, o Brasil tirou a vantagem, buscou o empate em 12 a 12 e até conseguiu a virada em 19 a 16 na reta final do primeiro set. Contudo, foi a vez do técnico Karch Kiraly se mexer e também fazer a inversão 5x1 com sucesso.

Com dois erros de ataque, os EUA buscaram o empate em 19 a 19 e conseguiram retomar o controle do jogo. No fim, com mais dois erros brasileiros, fecharam em 25 a 23 para quebrar a invencibilidade do Brasil em sets na capital francesa.

Seleção feminina de vôlei domina segundo set, mas se perde no terceiro

Com desvantagem no placar pela primeira vez nos Jogos Olímpicos Paris 2024, o Brasil começou o segundo set com maior concentração para evitar que as adversárias pulassem na frente do placar. Com Gabi bem marcada, Ana Cristina assumiu o protagonismo para recolocar o país no jogo.

Quando o placar apontava 9 a 8, ela fez seis dos sete pontos brasileiros na sequência para abrir 16 a 10 – uma vantagem que se mostraria decisiva no período. Outros dois pontos consecutivos dela e um de Thaísa fizeram a diferença chegar em 23 a 15, garantindo a vitória em 25 a 18 e empatando a semifinal.

No terceiro set, contudo, a seleção feminina de vôlei novamente se perdeu na recepção, fazendo o ataque parar no bloqueio adversário (4 x 0 nesta parcial). Logo no início, em sete ataques, os EUA conseguiram seis pontos, abrindo 10 a 4 no placar. Desta vez, porém, nem teve reação.

Com grande atuação de Skinner, a vantagem só aumentou. Com dois pontos dela, o placar mostrava 17 a 10, forçando o pedido de tempo da comissão técnica brasileira. Não adiantou. Os dois países praticamente trocaram bolas até o fim da parcial, vencida pelas norte-americanas por 25 a 15.

Brasil busca o empate, mas faltou força no tie-break para a vaga na final

Precisando vencer o quarto set para evitar a eliminação, as brasileiras forçaram mais o saque para complicar a defesa rival – tanto no passe quanto em pontuação por erros. O período, contudo, foi bem mais tenso e equilibrado do que os dois anteriores.

O Brasil rapidamente pulou à frente do placar, mas não conseguia abrir uma vantagem segura para levar a parcial de forma mais tranquila. Quando fez 14 a 11, por exemplo, Plummer e Skinner (com bloqueio) descontaram para 14 a 13.

Na reta final, contudo, Gabi apareceu. Se antes ela tinha seis pontos nos três sets anteriores, no quarto conseguiu sete, ajudando a seleção feminina de vôlei conseguir 23 a 19 no placar. Vitória tranquila? Nada disso, as norte-americanas tiraram a vantagem e encostaram em 24 a 23 – felizmente, uma invasão na rede garantiu o 25º ponto que levou a partida ao tie-break.

No último set, contudo, faltou força - e calma – para as brasileiras fecharem o jogo. Os dois times começaram trocando pontos, até que o Brasil com Gabi conseguiu uma ligeira vantagem de 6 a 4. Contudo, após um rally de 36 segundos, o ponto ficou com os EUA, que empataram e, depois, viraram em 7 a 6.

A seleção sentiu o baque. Com dois erros e sem quebrar o passe adversário, viu as norte-americanas conseguirem quatro pontos consecutivos, abrindo 12 a 8. Era só questão de tempo para confirmar a vitória em 15 a 11, carimbar a vaga para mais uma final Olímpica e colocar o Brasil na disputa do bronze.

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