E deu Brasil no torneio feminino de basquete dos Jogos Pan-Americanos 2023. Sem muitas dificuldades, a equipe ganhou da Colômbia por 50 a 40 neste domingo, 29 de outubro, e conquistou o bicampeonato da competição.
Foi a quinta vez que a seleção brasileira venceu o basquete feminino no Pan - as outras foram, além de 2019, 1967, 1971 e 1991.
O Brasil terminou de forma invicta a competição, com três triunfos na fase de grupos - um deles sobre a própria Colômbia, por 78 a 57 -, um sobre a rival Argentina na semifinal, por 77 a 57, e o desse domingo.
A cestinha da partida de hoje pelo Brasil foi a veterana pivô Érika, com um duplo-duplo: 13 pontos e 12 rebotes.
"Foi um jogo truncado, foi um jogo duro, mas o mais importante foi que a gente conseguiu sair com a vitória. O que conta é o carinho, elas têm muita confiança em mim, eu passo bastante confiança a elas (...) o importante é que saímos com essa medalha no peito. De verdade, estou muito feliz pela atuação de todas as meninas", comentou a pivô, capitã da seleção, em declarações divulgadas pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB).
Na disputa da medalha de bronze, as argentinas ganharam de Cuba por 75 a 66 e se vingaram da derrota para as rivais na fase de grupos.
O próximo compromisso da seleção é o Pré-Olímpico Mundial, de 8 a 11 de fevereiro, em Belém, no Ginásio Mangueirinho, quando enfrenta Austrália, Sérvia e Alemanha. Três países obterão vaga em Paris 2024.
"Vamos mirar agora o Pré-Olímpico. Temos uma viagem na Europa para treinar. É continuar o trabalho e chegar lá," completou Érika.
Primeiro quarto garante título ao Brasil
Apesar do placar final, o Brasil começou com tudo a partida e sua atuação ofensiva no primeiro quarto foi fundamental para a vitória. Os primeiros pontos vieram com lances livres de Débora, depois em uma cesta de Licinara do garrafão, com um minuto e 30 segundos jogados.
Paz fez o primeiro ponto da Colômbia em lance livre e Licinara fez mais dois. Ríos e Muñoz deixaram o placar em 6 a 6 com quatro minutos jogados.
Mas Leila, com duas cestas de três, abriu 12 a 6 para a equipe brasileira. Delgado respondeu também com uma de fora da área. Faltando dois minutos e meio, Ríos marcou um ponto em lance livre e Gabriella fez mais uma cesta de três para o Brasil com 2 minutos e 11 a serem disputados.
A Colômbia encostou de novo com Delgado de três, mas Érika fez mais dois de dentro do garrafão e outro em lance livre, deixando o placar em 18 a 13. Com mais quatro pontos da veterana de 41 anos e um de Gabriella, o Brasil terminou o primeiro quarto vencendo por 23 a 15.
O segundo quarto foi marcado pela baixa ofensividade das equipes. A Colômbia chegou a estar com apenas dois pontos atrás (25 a 23), com quatro minutos a jogar, mas Leila, com dois lances livres, e Carina, trataram de desafogar o Brasil, que fechou com 9 a 8 o quarto e por 32 a 23 o placar geral.
A terceira parte da partida teve apenas seis pontos marcados - três de cada lado. Carina começou fazendo dois para o Brasil, Paz devolveu com um de lance livre e Carina fez mais dois - isso com 2 minutos e 20 disputados. O placar só mudou novamente com seis minutos corridos do quarto, o que deixou as brasileiras com dez de vantagem: 36 a 26.
A equipe comandada por João Camargo foi para o quarto final vencendo por 38 a 29. A Colômbia partiu para cima, mas da mesma forma desordenada do decorrer do jogo. No final, suas principais estrelas - Paz, Ríos e Muñoz - marcaram apenas 17 pontos em toda a partida.
Para o Brasil, bastou administrar o placar - com um minuto e meio para o fim, ele era de 48 a 37 - e aproveitar os erros das adversárias para pontuar algumas (poucas) vezes, garantindo o triunfo e o ouro.