Sem ser ameaçado, Brasil é pentacampeão no basquete feminino nos Jogos Pan-Americanos 2023

Paris 2024

Final foi de pouco aproveitamento ofensivo dos dois lados, mas equipe brasileira soube administrar a vantagem inicial e conquistou de forma invicta o quinto título da história no torneio, o segundo seguido.

4 minPor Daniel Perissé
Debora Fernandes of Brazil in action during the women's basketbal final Santiago 2023 Pan American Games at the National Stadium Sports Center, on October 28 in Santiago, Chile. 
(Andres Piña / Santiago 2023 vía Photosport)

E deu Brasil no torneio feminino de basquete dos Jogos Pan-Americanos 2023. Sem muitas dificuldades, a equipe ganhou da Colômbia por 50 a 40 neste domingo, 29 de outubro, e conquistou o bicampeonato da competição.

Foi a quinta vez que a seleção brasileira venceu o basquete feminino no Pan - as outras foram, além de 2019, 1967, 1971 e 1991.

O Brasil terminou de forma invicta a competição, com três triunfos na fase de grupos - um deles sobre a própria Colômbia, por 78 a 57 -, um sobre a rival Argentina na semifinal, por 77 a 57, e o desse domingo.

A cestinha da partida de hoje pelo Brasil foi a veterana pivô Érika, com um duplo-duplo: 13 pontos e 12 rebotes.

"Foi um jogo truncado, foi um jogo duro, mas o mais importante foi que a gente conseguiu sair com a vitória. O que conta é o carinho, elas têm muita confiança em mim, eu passo bastante confiança a elas (...) o importante é que saímos com essa medalha no peito. De verdade, estou muito feliz pela atuação de todas as meninas", comentou a pivô, capitã da seleção, em declarações divulgadas pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB).

Na disputa da medalha de bronze, as argentinas ganharam de Cuba por 75 a 66 e se vingaram da derrota para as rivais na fase de grupos.

O próximo compromisso da seleção é o Pré-Olímpico Mundial, de 8 a 11 de fevereiro, em Belém, no Ginásio Mangueirinho, quando enfrenta Austrália, Sérvia e Alemanha. Três países obterão vaga em Paris 2024.

"Vamos mirar agora o Pré-Olímpico. Temos uma viagem na Europa para treinar. É continuar o trabalho e chegar lá," completou Érika.

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Primeiro quarto garante título ao Brasil

Apesar do placar final, o Brasil começou com tudo a partida e sua atuação ofensiva no primeiro quarto foi fundamental para a vitória. Os primeiros pontos vieram com lances livres de Débora, depois em uma cesta de Licinara do garrafão, com um minuto e 30 segundos jogados.

Paz fez o primeiro ponto da Colômbia em lance livre e Licinara fez mais dois. Ríos e Muñoz deixaram o placar em 6 a 6 com quatro minutos jogados.

Mas Leila, com duas cestas de três, abriu 12 a 6 para a equipe brasileira. Delgado respondeu também com uma de fora da área. Faltando dois minutos e meio, Ríos marcou um ponto em lance livre e Gabriella fez mais uma cesta de três para o Brasil com 2 minutos e 11 a serem disputados.

A Colômbia encostou de novo com Delgado de três, mas Érika fez mais dois de dentro do garrafão e outro em lance livre, deixando o placar em 18 a 13. Com mais quatro pontos da veterana de 41 anos e um de Gabriella, o Brasil terminou o primeiro quarto vencendo por 23 a 15. 

O segundo quarto foi marcado pela baixa ofensividade das equipes. A Colômbia chegou a estar com apenas dois pontos atrás (25 a 23), com quatro minutos a jogar, mas Leila, com dois lances livres, e Carina, trataram de desafogar o Brasil, que fechou com 9 a 8 o quarto e por 32 a 23 o placar geral. 

A terceira parte da partida teve apenas seis pontos marcados - três de cada lado. Carina começou fazendo dois para o Brasil, Paz devolveu com um de lance livre e Carina fez mais dois - isso com 2 minutos e 20 disputados. O placar só mudou novamente com seis minutos corridos do quarto, o que deixou as brasileiras com dez de vantagem: 36 a 26. 

A equipe comandada por João Camargo foi para o quarto final vencendo por 38 a 29. A Colômbia partiu para cima, mas da mesma forma desordenada do decorrer do jogo. No final, suas principais estrelas - Paz, Ríos e Muñoz - marcaram apenas 17 pontos em toda a partida.

Para o Brasil, bastou administrar o placar - com um minuto e meio para o fim, ele era de 48 a 37 - e aproveitar os erros das adversárias para pontuar algumas (poucas) vezes, garantindo o triunfo e o ouro.

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