Brasil no Basquete Masculino em Jogos Olímpicos: relembre o histórico recente da seleção

Por João Fraga
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Bruno Caboclo é o grande nome da atual seleção masculina de basquete
Foto por Divulgação/FIBA

A seleção de basquete masculino ganhou a final do Pré-Olímpico de Basquete Masculino 2024 e assegurou a vaga para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Uma vitória sobre a Letônia recolocou o Brasil em uma edição olímpica após oito anos.

A última participação da seleção masculina no basquete dos Jogos Olímpicos aconteceu na Rio 2016, mas porque o Brasil foi o país-sede. Neste século, tinham sido apenas duas participações, uma em casa e a outra em Londres 2012.

E foi exatamente na Rio 2016 que o basquete masculino voltou a figurar entre os melhores com uma quinta colocação. Isso porque a seleção já tem três medalhas olímpicas, mas todas ficaram no meio do século passado.

Após estrear nos Jogos Olímpicos na edição de Berlim 1936, a seleção masculina conquistou um bronze em Londres 1948. Depois vieram mais dois bronzes em sequência, Roma 1960 e Tóquio 1964.

Com a vaga assegurada para Paris 2024, será a 14ª vez que o Brasil disputará o torneio olímpico. E nunca é demais lembrar que o croata Aleksandar Petrović é o treinador. Ele retornou logo após a saída de Gustavo de Conti, que deixou o comando dois meses antes do Pré-Olímpico.

Confira abaixo o histórico recente do Brasil no basquete nos Jogos Olímpicos.

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Eliminação a caminho de Sydney 2000

O último jogo de Oscar com a seleção brasileira em uma edição de Jogos Olímpicos foi em Atlanta 1996, torneio no qual o Brasil terminou em sexto lugar. No ciclo olímpico seguinte, o time se renovou e foi para a disputa do Pré-Olímpico em Porto Rico.

Contudo, com apenas duas vitórias e cinco derrotas, os comandados de Hélio Rubens não asseguraram vaga em Sydney 2000.

Eliminação a caminho de Atenas 2004

Após o Mundial de 2002, quando o Brasil terminou no 8º lugar, Hélio Rubens deixou o comando da seleção e Lula Ferreira assumiu. O elenco, que contava com Nenê, Anderson Varejão e Leandrinho, foi para o Pré-Olímpico, novamente realizado em Porto Rico, e também não conseguiu a vaga.

Novamente, uma campanha com cinco derrotas não permitiu que o basquete masculino alcançasse a vaga para Atenas 2004.

Oscar Schmidt em ação nos Jogos Olímpicos de Atlanta 1996 (Crédito: Doug Pensinger/Getty Images)

Foto por Doug Pensinger/Getty Images

Eliminação a caminho de Beijing 2008

O ciclo olímpico para Beijing seguiu com Lula Ferreira no comando, mesmo com um 17º lugar no Mundial de 2006, a pior colocação do Brasil em toda história do evento. Na sequência, mais um Pré-Olímpico decisivo.

Em Las Vegas, os Estados Unidos e a Argentina ficaram com as duas vagas olímpicas para Beijing 2008. Porém, ainda restava a Repescagem Olímpica, com mais uma vaga e o comando da seleção mudou.

Lula Ferreira saiu e o espanhol Moncho Monsalve entrou em seu lugar. Mas as derrotas para a anfitriã Grécia e para a Alemanha, que contava com o astro da NBA, Dirk Nowitzki, tiraram o Brasil da primeira edição de Jogos Olímpicos na República Popular da China.

Vaga em Londres 2012

Com três ausências seguidas em Jogos Olímpicos, a seleção trocou de novo de treinador. Saiu um espanhol e entrou um argentino, Ruben Magnano, campeão com a seleção de seu país no Mundial de 2002.

Apesar de um 9º lugar no Mundial de 2010, bom se comparado o 17º de 2006, o basquete masculino ainda precisava de uma vaga olímpica para voltar a sonhar.

No Pré-Olímpico realizado na Argentina, duas vagas estavam em disputa. Os anfitriões eram os favoritos a uma delas. A seleção brasileira fez boa campanha e, com uma vitória diante da República Dominicana, a vaga olímpica veio e a seca de 16 anos acabou.

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Foto por Christian Petersen/Getty Images

5º lugar em Londres 2012

Embalado após voltar aos Jogos Olímpicos, a seleção fez uma boa campanha, só parou nas quartas de final diante da Argentina e por cinco pontos. Um 5º lugar em Londres 2012 devolveu ao Brasil o prestígio conquistado no século anterior.

Rio 2016

País-sede, o Brasil não precisou se classificar para jogar no Rio de Janeiro. Jogando em casa, a seleção masculina não passou da fase de grupos, ficando à frente somente da Nigéria. Foram duas vitórias e três derrotas, além, claro, de um 9º lugar na classificação.

Eliminação a caminho de Tóquio 2020

Em 2017, o croata Aleksandar Petrović assumiu como treinador no lugar de Ruben Magnano. O primeiro desafio foi o Mundial na República Popular da China. Após vencer todos os jogos da primeira fase, o Brasil perdeu para os Estados Unidos e para a Tchéquia e deu adeus ao torneio no 13º lugar.

No Pré-Olímpico da Croácia, realizado em 2021, o Brasil perdeu a vaga ao ser derrotado pelo Alemanha, na final, ficando fora de mais uma edição de Jogos Olímpicos.

Confira o histórico recente do basquete masculino em Jogos Olímpicos

  • Atlanta 1996 - 6º lugar
  • Sydney 2000 - não se classificou
  • Atenas 2004 - não se classificou
  • Pequim 2008 - não se classificou
  • Londres 2012 - 5º lugar
  • Rio 2016 - 9º lugar
  • Tóquio 2020 - não se classificou
  • Paris 2024 - assegurou a vaga