Augusto Akio é medalhista de bronze no skate park masculino em Paris 2024
Paris 2024 recebeu a "final da familia do skate brasileiro", como definiu Luigi Cini poucos antes da prova final e com festa: Augusto Akio, o Japinha, conquistou a medalha de bronze no skate park masculino numa final de tirar o fôlego, com as maiores notas do ciclo, e que coroou o bicampeonato Olímpico de Keegan Palmer.
Augusto Akio, Pedro Barros, e Luigi Cini participaram da final do skate park masculino, numa prova tensa, definida já na primeira volta por Palmer, atual campeão Olímpico, que foi simplesmente irresistível e levou o ouro.
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O australiano chegou com uma grande volta, abrindo a final em 93.11, marca muito difícil de bater. Tom Schaar, dos Estados Unidos, alcançou de perto e mesmo com uma segunda volta considerada perfeita, não conseguiu bater a pontuação. Ficou com a prata, com melhor nota 92.23. A Japinha veio o bronze, com 91.85.
O bronze de Augusto Akio mantém o Brasil está entre os melhores, num momento em que vê a modalidade crescer, ganhar espaço e atrair cada vez mais praticantes desde cedo.
E muito desse momento é parte de uma construção da qual Pedro, Japinha e Luigi participam ativamente, seja em competições, participando de projetos esportivos, criando coletivos ou ajudando a "espalhar a palavra" do skate park pelo mundo.
Como foi a final
Tom Schaar, dos Estados Unidos, foi o primeiro entre sete a conseguir completar a primeira volta, marcando 90.11 e abrindo a liderança. O atual campeão Olímpico, o australiano Keegan Palmer, veio logo depois, desafiado pela excelente série de Schaar, e avançou com impressionantes 93.11. Colocava a mão no bicampeonato Olímpico.
Augusto Akio, no tudo ou nada, arriscou mas não conseguiu terminar suas voltas ousadas, assim como Luigi Cini. Arriscar era preciso, já que a nota de Palmer exigia grau de dificuldade elevado e manobras perfeitas para quem viesse depois.
Pedro Barros, que também não conseguiu terminar a primeira volta, voltou forte para a segunda, e como queria: com a torcida ao favor, fez uma série onde tudo deu certo - conseguiu encaixar as manobras de marca registrada, em muita velocidade. Recebeu 86.41 chegando ao terceiro lugar.
Mas não seria fácil. Uma grande volta colocou Tate Carew no pódio, em segundo, com 91.17, jogando Pedro e Akio para quarto e quinto.
Mas Japinha voltou para a terceira volta disposto a apagar as duas voltas anteriores e entregou tudo: numa volta rápida e outra vez ousada recebeu 91.85 e foi direto para a terceira posição. Estava no pódio, com o bronze.
Na terceira bateria, ainda sob domínio de Schaar e Palmer, e com Japinha em terceiro, Pedro Barros voltou forte e conseguiu completar mais uma volta, finalmente na casa dos 90 pontos. Esperou pela nota abraçado aos companheiros, e recebeu 91.65 - nota alta, mas que não era suficiente para tirar o bronze de Japinha.
O reconhecimento de um trabalho que atravessa gerações
O skate estreou em Tóquio, e a medalha de prata conquistada por Pedro Barros naquela edição já havia marcado a história, e coroado anos de dedicação das gerações anteriores para tornar o skate conhecido e respeitado. E, mal sabiam seus idealizadores e ferrenhos protetores, um esporte Olímpico.
Em Paris 2024, com a presença do público pela primeira vez, que enlouqueceu na Arena La Concorde com o show dos melhores do mundo e suas manobras, num clima de amizade e companheirismo, Augusto Akio levou o skate park para mais perto do Olimpo - e com a bandeira brasileira, além de seus malabares, nas mãos.