As duplas do Brasil para o Mundial de vôlei de praia
Roma vai receber os principais nomes do planeta na modalidade, entre 10 e 19 de junho de 2022. Disputado desde 1997, oito duplas vão representar o país nesta 13ª edição do evento. Saiba mais sobre os times do Brasil que estarão nas areias do Foro Italico em busca do título mundial.
Roma, capital da Itália, vai receber entre 10 e 19 de junho o Campeonato Mundial de Vôlei de Praia 2022, no tradicional Foro Italico. O torneio é jogado de dois em dois anos, sendo que a primeira edição aconteceu em 1997, no campus da UCLA (Universidade da Califórnia Los Angeles), nos Estados Unidos.
O Brasil é um dos países com mais tradição na modalidade, em um rico histórico tanto no esporte de participação quanto no de rendimento, de muitos campeões mundiais como Agatha e Bárbara (2015), Juliana e Larissa (2011), Adriana e Shelda (1999 e 2001), Jackie e Sandra (1997). Entre os homens, Guilherme e Rogério venceram o primeiro torneio, em 1997, depois Emanuel e Loiola em 1999, Ricardo e Emanuel (2003), Márcio e Fábio Luiz (2005), Emanuel e Alison (2011), Alison e Bruno (2015) e Evandro e André em 2017.
Para esta 13ª edição na Cidade Eterna, o Brasil estará representado por oito duplas, quatro no torneio feminino e mesmo número no masculino.
Feminino:
- Ana Patrícia & Duda
- Bárbara & Carol Solberg
- Rebecca & Talita
- Taiana & Hege
Masculino:
- André Stein & George
- Renato & Vitor Felipe
- Alison & Guto
- Bruno Schmidt & Saymon
Vamos saber mais sobre como os brasileiros chegam para este próximo mundial.
Duplas femininas brasileiras no Mundial
O Brasil já foi campeão entre as mulheres em cinco ocasiões, tendo sido a última vez em 2015, com Agatha e Bárbara. Medalhista de prata na Rio 2016, Bárbara estará presente em Roma, desta vez ao lado de Carol Solberg. Juntas formam a dupla atualmente em segundo lugar no ranking mundial. Nesta temporada 2022 venceram duas etapas do torneio Challenge do circuito mundial, em Tlaxcala (México), em março e, mais recentemente, em Doha (Catar), no início de maio.
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Em 14º no ranking, as cearenses Taiana e Hegê estabeleceram a parceria no fim de 2021 e já colhem frutos. Foram prata no primeiro torneio que disputaram, que fechou a temporada passada do circuito internacional, em Itapema. Ao lado de Fernanda, Taiana foi vice-campeã mundial em 2015. Tendo Hegê como parceira, as atenções estão em Paris 2024: "Temos o objetivo de estar entre os quatro melhores times do Brasil e os 12 melhores do mundo no curto prazo, e a longo prazo queremos brigar por uma vaga Olímpica", disse Taiana para o jornal O Povo.
Talita e Rebecca são um time há menos de um ano e colecionaram alguns títulos nacionais e boas apresentações internacionais desde então. Venceram a etapa de Saquarema (RJ) do circuito brasileiro, em fevereiro, e foram medalhistas de bronze no primeiro evento do Elite 16 neste ano, em Rosarito (MEX). Estão em 13º no ranking da FIVB e, mais recentemente, foram prata na segunda etapa do Elite 16, em Ostrava.
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Por fim, uma parceria de sucesso, retomada há pouco tempo. Ana Patrícia e Duda foram ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude em Nanquim 2014 e se juntaram novamente após Tóquio 2020. Disputaram o Elite 16 em Rosarito e Ostrava, e foram campeãs da última etapa do circuito brasileiro, em Brasília, e do sul-americano, em Uberlândia, ambas em maio. Chegam ao mundial de Roma em ritmo de crescimento e evolução: "A cada campeonato a gente vê a evolução do time e nossa meta é essa", comentou Ana Patrícia para o site da CBV (Confederação Brasileira de Voleibol).
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Duplas masculinas do Brasil no Mundial
O capixaba André Stein - campeão mundial em 2017 ao lado de Evandro - e o paraibano George formam atualmente a dupla número um no ranking da FIVB. Nas praias de Itapema, faturaram a etapa final do circuito internacional em novembro passado, mais o Challenge do último mês de abril. Em maio, deram ao Brasil o título sul-americano, em Uberlândia, ao vencerem na final os primos chilenos Esteban e Marco Grimalt. "Espero chegar (em Roma) no nosso melhor momento, tanto fisicamente quanto taticamente e psicologicamente. Vamos muito confiantes", dissse George para o globoesporte.com após o título regional.
Renato e Vitor Felipe estão em 17º no ranking e em abril faturaram a etapa de Brasília, a última, do circuito brasileiro de vôlei de praia. O paraense Renato estreia em mundiais, enquanto que o paraibano Vitor Felipe vai para a sua quarta edição. "Esta, sem dúvida, é a Copa do Mundo que estou indo com mais experiência e é uma Copa do Mundo que estou indo muito confiante, com muita fome de jogo, muita sede e espero um bom resultado", disse Vitor Felipe para o globoesporte.com.
Alison foi ouro no mundial em 2015 e prata em 2009. Vai para a sua sétima edição do torneio. Em setembro de 2021 começou a parceria com o carioca Guto, campeão mundial sub-21 em 2013. Três meses depois, o primeiro título, o da etapa de Cuiabá, no circuito brasileiro. Na temporada, terminaram em quinto as duas etapas do Elite 16 que jogaram, em Rosarito (MEX) e Ostrava (TCH). "Paris é o nosso sonho, mas ainda tem tempo até lá, então vamos nos focar no presente. É hora de nos focarmos nas batalhas diárias e em cada passo da caminhada, espero chegarmos onde queremos", disse Guto sobre Alison para o site da FIVB (Federação Internacional de Voleibol).
A última dupla a ser confirmada no mundial de Roma foi a de Bruno Schmidt e Saymon, estabelecida há menos de seis meses. Apesar do pouco tempo, foram bronze em duas etapas do circuito sul-americano, em Viña del Mar (CHI) e Uberlândia. Bruno subiu no topo do pódio do torneio em 2015 (Alison era o parceiro). Depois de superar a Covid-19 no início de 2021 e uma recente cirurgia no joelho, o campeão Olímpico no Rio de Janeiro comentou para o Correio Braziliense: "Estou aproveitando muito esse retorno depois da lesão e essa nova parceria com o Saymon."
Grupos dos brasileiros no Mundial de vôlei de praia
As duplas do Brasil estão assim distribuídas para o Mundial em Roma:
Feminino
Grupo B: Ana Patrícia/Duda (BRA), Hermannova/Stochlova (TCH), Schützenhöfer/Plesiutschnig (AUT) e Wang/Xia (CHN)
Grupo D: Bárbara/Carol Solberg (BRA), Megan/Nicole (CAN), Diana/Margarita (COL) e Erika/Poletti (PAR)
Grupo G: Talita/Rebecca (BRA), Day/Stockman (USA), Lahti/Ahtiainen (FIN) e Payano/Rosario (DOM)
Grupo I: Taiana/Hegê (BRA), Müller/Tillmann (GER), Worapeerachayakorn/Naraphornrapat (THA) e Viktoria Orsi Toth/Reka Orsi Toth (ITA)
Masculino
Grupo A: Bruno Schmidt/Saymon (BRA), Carambula/Rossi (ITA), Nicolás Capogrosso/Tomás Capogrosso (ARG) e Jawo/Jarra (GAM)
Grupo E: André Stein/George (BRA), Samoilovs/Smedins (LAT), Huber/Dressler (AUT) e Salemi/Vakili (IRI)
Grupo L: Renato/Vitor Felipe (BRA), Alison/Guto (BRA), Nicolaidis/Carracher (AUS) e Mora/Lopez (NCA)