De 1 a 9 de julho, a seleção brasileira feminina de basquete disputará a Americup em León, no México, seu primeiro compromisso na caminhada rumo a Paris 2024, já que a competição dá vaga ao Pré-Olímpico Mundial aos finalistas e ao Pré-Olímpico das Américas para as equipes que terminarem entre o terceiro e sexto lugares.
Bronze nas duas últimas edições do torneio, em 2019 e 2021, o Brasil definiu na última quinta-feira as 12 jogadoras que levará ao torneio, mesclando jovens como a pivô Kamilla Cardoso, campeã da NCAA (principal liga americana de basquete universitário) na temporada 2021/2022 pelo South Carolina, e veteranas como a também pivô Érika de Souza, que retorna à seleção após três anos de ausência.
"O objetivo nosso é chegar lá e conquistar a medalha. E conquistar o mais importante que é a vaga. Está todo mundo nesse pensamento. Estamos treinando duro todos os dias para poder chegar lá e dar o nosso melhor, mostrar que o Brasil de não sei quantos anos ficou para trás e agora é o nosso momento, que a gente está querendo que o basquete feminino volte ao topo, volte à elite. Nossa prioridade está sendo essa," disse Érika em entrevista exclusiva ao Olympics.com.
Mais uma vez, o destaque do grupo é a ala-pivô Damiris, que atualmente defende o Fuerza Regia, do México.
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Cuba, Argentina e EUA na primeira fase
A vida do Brasil não será nada fácil desde a primeira fase: a equipe ficou no grupo A, ao lado dos Estados Unidos, principais favoritos, e da rival Argentina. Completam a chave Cuba e Venezuela.
"Campeonato duro, difícil, não temos muita margem para manobra. Não tem jogo fácil. Vamos buscar fazer o nosso melhor. Temos Cuba, que vem crescendo muito no cenário novamente, a Argentina, contra quem fizemos jogo duríssimo no Sul-Americano do ano passado. O nível mundial do basquete feminino está cada vez mais aumentando," comentou José Neto, técnico da seleção brasileira, em declarações publicadas pela Confederação Brasileira de Basketball (CBB).
O Brasil estreia dia 1 de julho diante de Cuba, e na sequência pega a Venezuela no dia 2, Argentina no dia 3 e os Estados Unidos no dia 4 de julho.
A chave B do torneio conta com Canadá, República Dominicana, Colômbia, México e Porto Rico. Pelo formato de disputa, as dez equipes jogam dentro dos seus grupos. As quatro melhores avançam para as quartas de final (1A x 4B, 2A x 3B, 3A x 2B, 4A x 1B), seguido de semifinais e da grande decisão.
Americanas e canadenses favoritas
O Brasil é o maior vencedor da Americup Feminina, com cinco títulos (1997, 2001, 2003, 2009 e 2011), mas os EUA, com quatro - incluindo as duas últimas edições, em 2019 e 2021 - vêm com tudo para faturar a taça mais uma vez e se igualar às brasileiras.
Atuais campeãs Olímpicas e Mundiais, as americanas trarão uma equipe jovem e conta com a ala Angel Reese, que aos 21 anos já se tornou campeã e foi eleita melhor jogadora (MVP, em inglês) da última liga universitária americana (NCAA).
Por sua vez, o Canadá terminou a última Copa do Mundo em quarto lugar, na Austrália. Será outro time a investir em jovens talentos, apostando suas fichas no trio formado pelas alas Syla Swords, de 17 anos, e Cassandre Prosper, de 18.
Outra possível surpresa é Porto Rico, que vem crescendo nas Américas durante os últimos anos. A equipe foi vice-campeã da última AmericupW, disputou sua primeira edição de Jogos em Tóquio 2020 e ainda chegou às quartas na Copa do Mundo com praticamente o mesmo grupo que retorna para esse torneio. O destaque é Arella Guirantes, que comandou o time em pontos (18,2) e rebotes (6,5) no Mundial em 2022.
Onde assistir à Americup Feminina
No Brasil, você pode assistir à Americup Feminina nos canais ESPN e Star+.
Americup Feminina de Basquete 2023: jogos do Brasil
(horários de Brasília)
Todos os jogos serão na arena Domo de la Feria, em León (México)
Sábado, 1 de julho - 15h10
Brasil x Cuba
Domingo, 2 de julho - 15h10
Brasil x Venezuela
Segunda-feira, 3 de julho - 17h40
Brasil x Argentina
Terça-feira, 4 de julho - 18h40
Brasil x EUA