Ireen Wust (NED) venceu a medalha de ouro em PyeongChang 2018 e com o tempo de 1:53.28 cravou o recorde Olímpico em Beijing 2022.
Os Países Baixos conquistam a quarta medalha de ouro consecutiva em 1500m, o que apenas aconteceu uma vez na patinação de velocidade Olímpica com a Alemanha a dominar em 5000m entre 1992 e 2002.
Por apenas 44 centésimos de segundo o ouro não foi para a japonesa Miho Takagi, que ficou com a prata ao fechar a prova em 1:53.72. A mais jovem das irmãs Takagi tinha saído vencedora das três provas da Copa do Mundo 2021/22 em que participou, mas acabou derrotada por Wust. Quanto à sua irmã Nana Takagi, bicampeã Olímpica, acabou na 8ª. Caso ambas tivessem terminado no pódio em teria sido a quinta vez que duas irmãs vencem medalhas no mesmo evento individual em Jogos Olímpicos de Inverno e algo inédito na patinação de velocidade.
Quanto ao bronze, os Países Baixos conseguiram mais uma medalha por Antoinette de Jong (1:54.82).
Desilusão para Bowe e Wiklund
O evento não correu bem à campeã mundial Ragne Wiklund (1:......). A campeã mundial podia ter conquistado para a Noruega a primeira medalha Olímpica em 1500m feminino e ao mesmo tempo igualar outras campeãs mundiais que no mesmo ano venceram também o título Olímpico (Anni Friesinger em 2002 e Cindy Klassen em 2006).
Também a estadunidense Brittany Bowe viu as medalhas fugirem por larga margem. A vencedora do evento da Copa de Mundo em Calgary, o último antes antes dos Jogos Olímpicos de Inverno, rodou em .... e teve uma chance histórica de ser a primeira estadunidense campeã Olímpica em 50 anos nesse evento, já que desde Diane Holum, em 1972.
Foi uma desilusão para Bowe e Wiklund que chegaram com expetativas e saíram sem um registo de tempo.
Um 1500m cozinhado a fogo lento
Como os bons pratos, tivemos um 1500m cozinhado a fogo lento. A competição abriu com tempos relativamente lentos, mas a partir da bielorrussa Ekaterina Sloeva (1:58.41) o eventou entrou em outro nível com registos abaixo de dois minutos. O primeiro grande tempo a cair na pista Oval de Pequim chegou por uma atleta do ROC, Evgeniia Lalenkova, com 1:55.74 que imediatamente colocou pressão sobre as favoritas.
A partir daí começou o espetáculo com as melhores atletas à procura de consecutivamente melhorarem os registos da bateria anterior, até ao desenlace histórico do evento de 1500m que acaba com duas medalhas para os Países Baixos (ouro e bronze) e uma para o Japão (prata).